Título: TEX # 427 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Claudio Nizzi (roteiro), Giovanni Ticci (desenhos) e Claudio Villa (capa).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Maio de 2005

Sinopse: Kiowas - No Velho era assim: sempre havia alguém precisando de ajuda contra os malfeitores. Ao perseguirem um canalha que matou e estuprou índias, Tex e Carson se deparam com um caso que pode disparar uma guerra indígena.

O dono de uma empresa de peles fica sabendo da existência de um vale no território dos Cheyennes, onde vivem milhares de bisontes. Por isso, organiza uma expedição composta por caçadores e bandidos para dizimar os animais.

Por acaso, Tex fica sabendo da suja manobra e parte para ajudar os amigos índios. Ao mesmo tempo, fica sabendo que seu perseguido se incorporou à expedição.

Os perigos aumentam porque os Kiowas, incentivados pela mente suja do Agente Indígena Kogan, também estão na briga para acabar com os Cheyennes e tomar suas terras, consideradas mais férteis.

Tex e Carson encontrarão muitas dificuldades para solucionar mais este caso.

Positivo/Negativo: A capa transmite um realismo impressionante - parece até que a cena tem continuação. O índio passando por trás dá a sensação de movimento. Belíssima arte de Villa.

Mais uma vez, o autor desenvolveu um argumento relativo à caça ao bisonte e à tentativa de impedir uma guerra índia. Mas tentando não se repetir - e foi feliz -, colocou o adicional de uma perseguição a um perigoso bandido, fato que promete um desfecho diferente.

Nizzi só se perdeu em alguns detalhes, como quando alterou o caminho de Tex e Carson, permitindo que fossem capturados por índios amigos. Bastaria um sinal de fumaça ou um rifle apontado pedindo para ver o chefe. Mas a dupla fica dois dias presa, esticada ao sol. E, claro, não devem ter se alimentado. Mesmo assim, Carson nem reclamou do seu exigente estômago.

Na página 92, após a terrível queda que sofre, o velho Tex mostra a verdadeira dimensão do herói que incorpora. E na seqüência da 102-103, ele não erra nenhum tiro, enquanto seu parceiro parece ter de melhorar a pontaria.

Na arte, pode-se dizer que o grande Ticci não é mais o mesmo e o passar dos anos influencia negativamente nos seus traços. Sua técnica continua apurada, mas o pincel mudou e não se vê mais a riqueza de detalhes de outrora. Até seu Tex é mais velho, diferente.

Pra finalizar alguns números: Tex matou cinco índios, atirou cinco vezes, distribuiu seis socos "coice de mula", sacou a arma uma vez e foi preso duas vezes.

Como entretenimento, a revista se salva do início ao fim.

 

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