TEX # 431
Título: TEX # 431 (Mythos
Editora) - Revista mensal
Autores: Mauro Boselli (roteiro), Alfonso Font (desenhos) e Claudio Villa (capa).
Preço: R$ 4,90
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Setembro de 2005
Sinopse: Justiça da Fronteira - Os pawnees enfrentam um grave problema, pois o agente indígena, um comerciante e o xerife estão mancomunados para expulsá-los de suas terras. A presença de Tex e seus companheiros na região é um empecilho perigoso, mas eles não desistem e tentam matar Cavalo Branco pelas mãos do seu inimigo Golpe Corajoso.
Quando Tex e seus companheiros tocam fogo e explodem com o armazém do comerciante sujo, ele passa a jogar pesado e contrata um exército de pistoleiros desocupados e os envia para provocar desordens na reserva indígena, visando à intervenção do exército.
Em outra parte, ocorre o julgamento de Raposa Audaz, caracterizado pela presença de um juiz beberrão e contaminado pelo medo e corrupção, provocando um grave tiroteio, com muitas mortes, casa derrubada por uma explosão e a quase morte de Tex.
O desfecho fica por conta de um índio. O comerciante Dutronc tenta fugir com o dinheiro, mas é alcançado e preso.
Positivo/Negativo: A capa é muito bonita e tem uma curiosidade digna de registro: ela sairia cortada, com a palavra saloon incompleta e com o bandido à direita desaparecendo, como foi publicada na Itália. No entanto, os leitores entraram em contato com a Mythos e a cena foi refeita, agradando a todos. Isso só foi possível graças à internet, que agiliza os contatos.
Na trama, o roteirista vai muito bem, criando duas frentes de ação, intercalando uma e outra com breves intervalos. Tudo acontece de forma isolada, apesar da ligação e motivação das personagens.
Boselli manteve o suspense até o fim, colocando os dois inimigos índios em rota de colisão e resolvendo a situação de forma equilibrada, embora deixe um pouco a desejar - poderia ter alcançado o resultado com emoção e optou por um golpe de cena.
O autor deu asas a Kit Willer, deixando-lhe aparecer mais do que os demais e, em certos momentos, fazendo-o se referir ao pai como Tex, diferente do que sempre faz. Assim, foi mostrado o jovem herói em carreira solo.
Os coadjuvantes ficaram bem apagados, fugindo ao estilo do escritor, justamente para dar mais espaço a Kit e ao próprio Tex.
A seqüência do tribunal, realizada num saloon foi bem movimentada e cheia de surpresas, aumentando a adrenalina e criando um campo de repugnância com a astúcia do advogado, que culmina na ordem de prisão dos homens da lei.
Definitivamente, os desenhos não agradam aos fãs veteranos de Tex (nota do UHQ: esta é uma opinião do resenhista). Não se trata de conservadorismo, mas as histórias dos pards costumam primar pela clareza, com menos contraste do branco e do preto.
No aspecto editorial, uma ressalva: na capa o título é Justiça da Fronteira e, na página 3, Justiça de Fronteira. Em tempo: dentre as revistas vistoriadas na banca, algumas tinham a lombada meio torta.
Agora, os números: Tex desfere quatro socos e causa quatro mortes, incluindo um xerife.
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