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TEX # 442

1 dezembro 2006


Título: TEX # 442 (Mythos
Editora
) - Revista mensal
Autores: Claudio Nizzi (roteiro), Fabio Civitelli (desenhos) e Claudio Villa (capa).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 112

Data de lançamento: Agosto de 2006

Sinopse: Tumak, o implacável - A reserva Hopi fica praticamente dentro das terras dos navajos, o que causa diversos problemas de convivência. Ao mediar uma ocorrência, Tex é ferido por traficantes e salvo da morte no deserto por um feiticeiro, que em troca lhe pede para proteger o pueblo onde estão as sepulturas dos xamãs de seu povo, de uma expedição comandada por um arqueólogo inglês.

A expedição é guiada por Link Miller, traficante que casualmente encontrou o pueblo e viu a ótima chance de enriquecer com a ajuda do arqueólogo Archibald Lovestock, que trabalha acompanhado da sobrinha, a doce Alícia.

As coisas desandam quando os comparsas de Miller matam jovens hopis à traição, desencadeando a reação natural encabeçada pelo rebelde Tumak, que visa a liderança e se confronta com Águia da Noite, desprezando seu poder e sabedoria.

Tex duela com Tumak na tentativa de demovê-lo da idéia de confronto direto com os brancos, numa luta muito movimentada, que serve apenas para deixar o inimigo mais venenoso e cego de vingança.

Positivo/Negativo Belíssima a arte da capa: a lua e o reflexo no punhal são valorizados pelo desempenho do herói e pelas figuras espectrais da platéia.

A aventura fornece diversos ingredientes para Tex demonstrar suas melhores aptidões, destacando-se a astúcia e a coragem - apesar de que, no início, ele erra alguns tiros...

Diversa é a forma como Tex entra na trama: primeiro é ferido, depois é salvo por um índio, para então ajudá-lo. Interessante a mensagem de que o herói é um elemento dos deuses para as missões terrenas.

O roteiro de Nizzi é marcado por tiroteio, antiguidades, pesquisa, traficantes, índios e duelo, fatos que tornam a trama muito boa, apesar de um certo vacilo no desenvolvimento.

Soa estranho Tex surpreender os três bandidos e mandar que larguem as armas, levando um tiro à queima-roupa. O personagem costuma ser mais durão nesses casos.

Os duelos, bastante corriqueiros, aparecem de novo. E Tex, pra variar, dá uma lição no cabeça-dura que lhe afronta. Mas o resultado é acaba gerando mais violência.

Para a aventura completa, o título pode parecer acertado, mas para uma primeira parte, não condiz o "Implacável", que já vem do original italiano, pois Tumak só apanhou de maneira humilhante e fez algumas ameaças.

Na arte, Civitelli se fixa a cada dia como o grande desenhista de Tex da atualidade. Quando desenha o herói, com ou sem chapéu, é perfeito. Perde um pouco a qualidade nos índios, talvez por querer denotá-los inferiores ou malcuidados.

Chama a atenção a página 55, em que o sonho de Águia da Noite é retratado em aquarela, um estilo apreciado pelo desenhista e um brinde para os leitores. Cavalos, animais, armas, paisagens, especialmente o pueblo, estão muito bem desenhados e a clareza da arte, mesmo durante a noite, é elogiável.

Mais uma revista com entretenimento garantido. O desfecho promete muita ação e respostas para várias perguntas: o arqueólogo é um homem correto? Tumak morrerá? Quem justiçará Link Miller? O filho de Tex mexerá com o coração de Alicia?

 

Classificação:

4,0

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