Título: TEX EDIÇÃO DE OURO # 27 (Mythos
Editora) - Revista bimestral

Autores: Lobo Pequeno - Claudio Nizzi (roteiro) e Aurelio Galleppini (desenhos e capa);

Furacão em Skagway - Giovanni Luigi Bonelli (roteiro) e Guglielmo Letteri (desenhos).

Preço: R$ 16, 90

Número de páginas: 352

Data de lançamento: Novembro de 2006

Sinopse: Lobo Pequeno - Tex e Carson, depois de um encontro com um bando de apaches rebeldes, tomam a diligência que se dirige para Tucson, que leva em seu interior cinco pessoas com destinos diversos e histórias de vida repletas de surpresas.

Perseguidos pelos apaches liderados pelo rebelde Lobo Pequeno, os viajantes são obrigados a se alojar no posto de trocas de Yampa Fork. Lá, vão encarar dezenas de guerreiros.

Mas o pequeno grupo de homens e mulheres não desiste nem se entrega jamais e os apaches terão um adversário à altura.

Furacão em Skagway - O Coronel Jim Brandon envia o grandalhão Gros-Jean aos Estados Unidos para recrutar Tex e Carson para ajudá-lo a desbaratar os planos criminosos de Soapy Smith, um chantagista que transformou Skagway em uma terra de ninguém.

Positivo/Negativo: Das duas aventuras republicadas neste número, com certeza, é a primeira, Lobo Pequeno (também conhecida como Diabos Vermelhos), o destaque. Furacão em Skagway é uma boa história, de roteiro divertido e desenhos agradáveis, mas acaba ofuscada por todo o brilho da primeira.

Usando um argumento reciclado de uma das mais clássicas cenas do faroeste (um pequeno grupo de pessoas encurralado por um bando de índios ensandecidos), Nizzi mostra todo seu potencial de roteirista. Ele consegue, do mesmo modo que fez em Chamas de Guerra, desenvolver coadjuvantes tridimensionais, enquanto simultaneamente, mantém firme a presença dos dois carismáticos protagonistas - Tex e Carson.

Trata-se de uma aventura envolvente e dramática, que merece ser lida. Um clássico. Basta se deixar levar pelo ritmo envolvente da narrativa, para constatar isso.

Galep já devia estar por volta dos 70 anos quando desenhou esta história, e sua arte está visivelmente irregular. Em alguns pontos, as deformações nos personagens são absurdas e gritantes. Contudo, isso não é constante, e os traços ainda transmitem a atmosfera única de suas HQs.

A segunda aventura possui uma premissa simples, de rápido desenvolvimento, cheia de ação e com os heróis afiadíssimos. A arte de G. Letteri merece todos os elogios. Em outras palavras, é diversão garantida. Exatamente o que qualquer aventura de Tex pretende ser.

A revista receberia nota máxima não fosse a arte irregular de Galep e um detalhe que, para muitos, passará despercebido: foram cortadas nada menos que seis páginas de Lobo Pequeno, numa ação que perpetua a infeliz tradição iniciada pela Vecchi e continuada pela Globo, impedindo o leitor de ver as histórias na íntegra.

Lamentável que ainda hoje tal prática, por qual motivo for, tenha de ser vista pelos fãs e, pior, pela Mythos, que se vangloria de publicar páginas cortadas por outras editoras.