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TEX EDIÇÃO DE OURO # 4

1 dezembro 2006


Título: TEX EDIÇÃO DE OURO # 4 (Mythos
Editora
) - Revista bimestral
Autores: Claudio Nizzi (roteiro), Giovanni Ticci (desenhos) e Aurelio Galleppini (capa).

Preço: R$ 8, 40

Número de páginas: 256

Data de lançamento: Janeiro de 2003

Sinopse: Enquanto fazem uma viagem de trem até Virgínia, Tex conta a Carson um episódio vivido por ele durante a Guerra de Secessão, período em que conheceu dois primos - John e Leslie Walcott - que lutaram em lados opostos nos campos de batalha.

Uma aventura cheia de emoção, horror, medo, suspense e bravura. Uma das melhores histórias do ranger, lançada com mais de 20 páginas inéditas, que não foram editadas na sua primeira publicação no Brasil, há quase duas décadas.

Positivo/Negativo: Em sua quarta edição, Tex Ouro publica Chamas de Guerra, história magistralmente produzida pela dupla Claudio Nizzi e Giovanni Ticci, e uma das mais interessantes da saga de Águia da Noite.

Trata-se de uma daquelas aventuras que revelam mais um pedaço do passado do herói. No caso, um episódio passado durante a guerra civil dos Estados Unidos.

Além do criativo argumento, o roteiro é muito bem trabalhado. Nizzi mantém o leitor preso à trama, dividindo seu tempo entre o tradicional bangue-bangue com a tensa e dramática relação entre os dois primos, o que dá à aventura uma atmosfera única.

Esse "quê" de diferente é bem perceptível na página 141, seqüência que pode facilmente ser entendida como um protesto à guerra e à perda da dignidade humana.

Numa época em que o mundo todo sofre com a ameaça constante de uma guerra nuclear, essa mensagem, mesmo lida mais de 20 anos depois de sua publicação original, continua a ser atualíssima e deveras significativa - talvez mais do que no passado.

A arte de Ticci, possuidora de uma força dramática sem igual, serve de veículo para todas as emoções e sentimentos dos personagens no decorrer da história. Mesmo sem ter a sofisticação do traço de Civitelli, por exemplo, sua arte caracteriza com a precisão que lhe é típica todos os acontecimentos com algo de grandioso, um elemento secreto que torna tudo épico, audaz.

Não é à toa que foi Ticci quem influenciou, em maior ou menor grau, diversos artistas de Tex, criando um novo modo de ver e desenhar a mítica figura do ranger.

Em uma interpretação quase poética, pode-se dizer que sua arte é energia, aventura, é faroeste puro, que, na mão de outros, torna-se vigor (como com José Ortiz) ou imponência (com Claudio Villa).

A capa é de um Galep que já passara do seu auge, mas, ainda assim, é muito bonita. A colorização especial da Mythos completa o trabalho, tornando-a uma das melhores bonitas da coleção.

 

Classificação:

4,0

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