Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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THE DREAMER

1 dezembro 2005


Título: THE DREAMER (DC
Comics
) - Edição especial
Autor: Will Eisner (texto e arte).

Preço: US$ 7.95

Número de páginas: 60

Data de lançamento: Junho de 2000, pela DC - originalmente 1986, pela Kitchen Sink

Sinopse: Uma graphic novel em tom autobiográfico sobre o início de carreira de um jovem cartunista.

Positivo/Negativo: Depois de abandonar o célebre personagem Spirit e de inovar as HQs criando o conceito de graphic novel, Will Eisner se dedicou a vários trabalhos em que usava passagens de sua vida. Na maioria deles, eram referências meio generalizadas, que falavam de vizinhança, de laços de amizades, de pessoas de origem judaica.

Apenas duas histórias são declaradamente autobiográficas: No Coração da Tempestade, que relata sua infância, adolescência e avança até o começo da fase adulta, e The Dreamer, especialmente interessante por retratar com algum detalhe o início da chamada Era de Ouro dos Quadrinhos, nos anos finais da década de 1930.

A nascente indústria das revistas em quadrinhos norte-americanas contada pelo traço de uma testemunha privilegiada. Eisner, de fato, teve um papel fundamental nessa história, da qual participou como desenhista, roteirista, dono de estúdio e editor.

Alguns dos principais acontecimentos daquele período e seus protagonistas estão descritos no álbum. O mercado dos quadrinhos pornográficos (os eight pagers), a trajetória de jovens desenhistas em busca de uma oportunidade e até o primeiro processo por plágio desse mercado. Tudo na narrativa sempre competente de Eisner.

A história termina exatamente quando o protagonista está prestes a dar um passo decisivo na sua carreira. O divertido é tentar identificar quem é o personagem real por trás de nomes fictícios como Ken Corn, criador de um super-herói chamado Rodentman, ou Jack King. O próprio Eisner, o tal "sonhador", na história tem o nome de Billy Eyron.

Um trabalho como este mereceria ser traduzido e editado no Brasil. Seria uma bela homenagem póstuma, quem sabe da Devir ou da Companhia das Letras, a esse gênio que foi Will Eisner.

 

Classificação:

4,0

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