Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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The fade out – Act Three

6 abril 2018

The fade out – Act ThreeEditora: Image Comics – Edição especial

Autores: Ed Brubaker (roteiro), Sean Phillips (arte) e Elizabeth Breitweiser (cor). Originalmente em The Fade Out # 9 a # 12

Preço: US$ 12,99

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Fevereiro de 2016

Sinopse

Charlie e Gil resolvem suas diferenças e arriscam tudo para confrontar os suspeitos de antigos crimes que reverberaram no presente.

Positivo/Negativo

O passado não perdoa. Principalmente numa época de histeria coletiva, quando qualquer deslize poderia rotular alguém de “subversivo”, dando salvo-conduto ao FBI para agir em nome do bem-estar da sociedade.

Por mais que os estúdios de cinema maquiassem as biografias de seus astros e estrelas (varrendo para debaixo do tapete qualquer ato duvidoso), consciência pesada, arrependimento e vergonha não eram tão fáceis de serem apagados. Partindo dessa premissa, Ed Brubaker ancora magistralmente a parte final do mistério de The fade out.

O primeiro momento a ser “passado a limpo” envolve a amizade de Charlie e Gil. A mágoa que eles alimentavam internamente um contra o outro, como também o remorso por terem sido vacilões em momentos cruciais, precisavam ser dissipados, pois somente assim, zerados, podiam desmascarar quem bagunçou a cabeça de Val Sommers e orquestrar um belo plano de vingança, fazendo justiça com as próprias mãos.

E o sentimento de Charlie por Val evoca lembranças importantes. Isso porque o instante no qual ele caiu de amores por ela, deu-se quando os dois compartilharam seus segredos mais íntimos, com ambos enxergando um ao outro sem máscaras nem julgamentos – esta sequência é a única de toda a série em que a narração passa a ser em primeira pessoa, sendo enfatizada pela mudança da tipografia de caixa alta para caixa baixa –, e, de certa forma, isso parecia se repetir com Maya Silver.

Ao se dar conta de que ele, e todos à sua volta, estavam vivendo “no limite do esquecimento”, Charlie entende não ser mais possível fugir do passado. Era necessário olhar bem fundo dentro de si e aceitar suas escolhas, seus erros e medos, sabendo diferenciar a mentira contada para nós mesmos da mentira que contamos para os outros.

Só assim ele poderia se sentir inteiro novamente e encarar a dor de nem sempre haver justiça no mundo.

Em meio a tanta sordidez, a integridade estava com quem sabia que gratidão jamais podia ser paga com traição. E os íntegros eram logo esquecidos, pois não garantiam boas manchetes nos jornais.

Classificação

5,0

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