The fade out – Act Two
Editora: Image Comics – Edição especial
Autores: Ed Brubaker (roteiro), Sean Phillips (arte) e Elizabeth Breitweiser (cor). Originalmente em The Fade Out # 5 a # 8.
Preço: US$ 12,99
Número de páginas: 120
Data de lançamento: Setembro de 2015
Sinopse
Charlie segue coletando pistas do assassino de Valeria Sommers, enquanto Gil acha que está bancando o esperto ao chantagear o Sr. Thursby. Mas suas ações podem levá-los a respostas que eles não querem encontrar.
Positivo/Negativo
Uma vez que nada é o que aparenta ser no lugar onde as mentiras são tidas como verdades, vence quem consegue interpretar melhor seu personagem, antes e depois da batida da claquete.
O segundo volume encadernado de The fade out foca na tensão entre os roteiristas Charlie e Gil, quase melindrando o acordo de trabalho pré-estabelecido. Cada um passa a usar suas armas para saber quem matou Val Sommers, levando a crer que Victor Thursby e Al Kamp, os fundadores da Victory Street Pictures, escondem segredos asquerosos.
Gil vai buscar conselhos com o escritor pulp Dashiell Hammett, o qual está promovendo um evento informal para angariar fundos em prol dos artistas que estão na “lista negra”, e dá o pulo do gato para Thursby cair na sua ratoeira.
Já Charlie tenta fugir um pouco da realidade nos braços de Maya Silver, a nova celebridade instantânea, mas lembranças de Val são recorrentes, inclusive de um estranho incidente ocorrido anos atrás envolvendo Al Kamp, deixando-o com a pulga atrás da orelha.
Enquanto isso, a extravagante vida dos astros da Victory Pictures continua a mil. Por isso, os caprichados textos e ações de marketing da relações públicas Dottie Quinn são extremamente necessários. Ela se esforça bastante para esconder a homossexualidade do ídolo Tyler Graves, com direito a uma homenagem de Brubaker a James Dean.
Para complementar o trabalho de Dottie, o truculento chefe de segurança Phil Brodsky segue tocando o terror e limpando toda e qualquer sujeira comprometedora aos dividendos e à moral de Thursby e Kamp.
Não é de surpreender que a verdade comece a vir à tona numa festa à fantasia.Brubaker dá um descanso ao azar de Charlie, dando-lhe alguns momentos de compensação (insere passagens de exposição no presente e em flashbacks, com ações inesperadas de antigos e novos personagens, conduzindo bem o suspense da trama e deixando o leitor com as mesmas indagações de Charlie sobre em quem depositar sua confiança), mas enfatiza que a sina dele é trilhar a fina linha entre prazer e dor, como todo bom anti-herói noir.
Destaque para os ótimos textos (narração e diálogo), especialmente entre Charlie e Maya nas cenas pós-sexo, a sensibilidade de Sean Phillips para extrair sentimentos dos olhares e do gestual dos personagens, bem como para os convidados especiais (se o primeiro encadernado trouxe Clark Gable, este tem Humphrey Bogart e Dashiell Hammett, numa referência a O Falcão Maltês).
Classificação
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