The Magic Order # 1
Editora: Image – Revista mensal
Autores: Mark Millar (roteiro), Olivier Coipel (desenhos) e Dave Stewart (cores).
Preço: US$ 3,99
Número de páginas: 40
Data de lançamento: Junho de 2018
Sinopse
O assassinato de Edward Lisowski, dentro de sua casa e pelas mãos de seu próprio filho possuído, coloca todos os magos em alerta.
Vivendo entre nós e protegendo a humanidade dos perigos que residem no mundo além do nosso, o Grande Eddie fazia parte da Ordem Mágica e não poderia ser morto por qualquer um.
Só este fato seria mais do que suficiente para deixar o experiente Leonard Moonstone em alerta. Entretanto, além da suspeita do envolvimento da inescrupulosa Madame Albany e seu grupo de renegados, o líder dos feiticeiros precisa lidar com a atual situação de seus herdeiros – Regan, Cordelia e Gabriel –, que se mostram distantes ou despreparados para seguir os ensinamentos da família e a proteção da própria realidade.
Positivo/Negativo
Como parte da sua iniciativa para a expansão da marca em outras mídias, o serviço de streaming da Netflix adquiriu o selo Millarworld, de propriedade do escritor Mark Millar, com a promessa de adaptações de suas obras para o audiovisual e a criação de revistas em quadrinhos utilizando a marca da empresa.
Um dos motivos para justificar esta aquisição, se deve ao fato do grande número de projetos autorais do roteirista escocês serem sucesso de público no mercado de HQs, com alguns ganhando rentáveis e promissoras adaptações para o cinema, como Kick-Ass, Kingsman – Serviço Secreto e Wanted (conhecido no Brasil como O Procurado).
Agora, outras obras seguirão o mesmo caminho de adaptação para a plataforma, com um fluxo criativo que permanecerá ativo na arte sequencial.
Esse é o caso de The Magic Order, primeiro título do selo Netflix que traz em sua edição de estreia uma competente narrativa introdutória, que prende o leitor em seus mistérios e fascina pela competência artística de Olivier Coipel.
Partindo de uma premissa que envolve magia e submundo sob uma ótica mais ligada à máfia e sua estrutura familiar, Millar apresenta personagens que não têm pudor de se encaixarem em um ou mais arquétipos, sendo rapidamente posicionados em um potencial drama que envolverá mais do que o roteiro principal promete.
Sendo assim, mesmo que não seja revelado muito nesta HQ, o leitor já entende os papéis de importância dos irmãos Moonstone e de seu pai. Enquanto Leonard é a bussola moral da família, há um filho que renegou o legado em prol da normalidade (Gabriel), outro que tenta assumir o papel de herói que não lhe cabe (Regan) e a filha que usa da rebeldia como forma de se libertar da tradição (Cordelia).
Paralelamente a isso, os antagonistas também conseguem impressionar em sua rápida participação e o próprio vilão já deixa a sua marca em dois momentos-chave da edição.
Na arte, Coipel imprime o realismo de seu traço de maneira pontual, com força em momentos específicos e uma ambientação bastante pertinente à proposta sombria e esotérica do roteiro.
Isso sem contar o enquadramento em plano geral ou médio, que emula e já idealiza uma possível adaptação para as telas. Com isso, o artista mantém uma tradição das obras autorais de Millar, que entende a importância do traço para legitimar a sua proposta e a transição para outras mídias, como cinema e TV.
Com lançamento no mercado norte-americano pela Image Comics (incluindo plataformas online), agora é aguardar quando (ou se) a Netflix trará este título às bancas e livrarias do Brasil e qual será a editora escolhida.
Classificação:
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