THE NEW YORKER CARTOONS - TERAPIA
Autores: Diversos (roteiro e arte).
Preço: R$ 49,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2009
Sinopse: Coletânea de cartuns da conceituada revista The New Yorker, em todos os tempos, sobre o tema Terapia.
Positivo/Negativo: O lançamento desta coleção pela Desiderata (desde o começo de 2008 um selo da Ediouro) é uma ousadia muito bem-vinda.
Ousadia porque o Brasil não tem uma tradição de que livros sobre cartuns sejam campeões de vendas - apesar de a própria Desiderata estar explorando esse nicho nas livrarias há algum tempo. E bem-vinda porque traz trabalhos de craques do traço de uma das revistas mais conceituadas do planeta.
Neste volume, por exemplo, há trabalhos de nomes como Leo Cullum, Alex Gregory, William Steig, Frank Modell, Robert Mankoff, Charles Barsotti, Whitney Darrow Jr. e outros.
O problema da edição, porém, é justamente o tema. Há uma repetição óbvia e excessiva da clássica cena do analista sentado ao lado de um divã. E como nem todas as piadas são geniais, fica complicado manter o pique. Afinal, poucas "se explicam" sem o auxílio do texto abaixo do desenho.
Contudo, vale mencionar que o uso do texto sob os desenhos é uma característica marcante da revista. Há até um concurso em que os leitores são chamados a criar as legendas para as cenas.
O álbum brasileiro tem tradução, prefácio (que é repetido nos outros dois livros da coleção, Gatos e Cachorros) e texto de apresentação de Sérgio Augusto. O veterano jornalista descreve em poucas linhas não só a relevância da The New Yorker, mas dos cartunistas que nela ficaram famosos.
O trabalho da Desiderata é competente, mas tem alguns senões.
O primeiro é a ausência dos nomes dos cartunistas nas páginas. Como muitas assinaturas não são identificáveis, o leitor tende a ficar sem esta informação.
O segundo é não haver nos livros nenhum trabalho do ótimo Saul Steinberg. Como ele é mencionado no texto de introdução, o leitor até pode achar que encontrará trabalhos dele páginas adiante.
E o terceiro é o preço dos álbuns, que pode afugentar muitos leitores. Afinal, trata-se de uma leitura (ainda sem a nova ortografia) de 15, no máximo, 20 minutos.
Classificação: