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THE PUNISHER – A MAN NAMED FRANK

1 dezembro 2010

THE PUNISHER - A MAN NAMED FRANK

Editora: Marvel Comics - Edição especial

Autores: Chuck Dixon (roteiro), John Buscema (arte) e Christie Scheele (cores).

Preço: US$ 6,95

Número de páginas: 48

Data de lançamento: Junho de 1994

 

Sinopse

O ex-combatente de guerra e fazendeiro Frank Castle presencia o assassinato de sua família, realizado por um quarteto de pistoleiros malfeitores, no calcinado terreno do Novo México. Pior: ele é deixado para morrer sob o sol escaldante.

Juntando todas as suas forças remanescentes para sobreviver, Frank alimenta um forte desejo, ao mesmo tempo em que seu ódio faz crescer um único objetivo: obter vingança contra seus algozes.

E contra todo e qualquer fora da lei.

Positivo/Negativo

O Justiceiro é um personagem cujo conceito pode facilmente figurar em qualquer época. Esta simplicidade na essência do anti-herói é mais do que comum na literatura e no cinema mundial e, em especial, norte-americano: um homem em busca de vingança contra os que lhe fizeram mal sempre pode render boas histórias.

Num gênero em que tal espécie de narrativa é comum, a Marvel apostou nesta "reinvenção" do seu mais famoso vigilante num conto ao estilo Elseworld e transpôs suas origens para os anos finais do Velho Oeste, quando diligências disputavam espaço com os primeiros modelos de automóveis e as leis dos tribunais substituíam a do revólver.

A narrativa segue a mesma fórmula que moldou o Justiceiro na cronologia regular: veterano de guerra, assassinato dos filhos e da esposa, sobrevivência ao ataque e consequente caçada aos bandidos responsáveis pela tragédia, ostentando o seu marcante e famoso símbolo de morte.

Tudo isso integrando também alguns dos já conhecidos elementos do bom faroeste, com uma clara distinção de heróis e vilões, frases de efeito, brigas em saloons, cenários deslumbrantes e muito tiroteio.

A escolha da equipe criativa foi acertada: Chuck Dixon passou alguns anos à frente dos roteiros do personagem no início da década de 1990 e conhece bem o terreno que estava pisando nesta reinterpretação, que é feita de forma simples, competente e nada pretensiosa.

Aliás, o escritor que é fã de western (já trabalhou em várias HQs do gênero - a mais recente, a série The Good, The Bad and The Ugly, baseada no famoso filme de Clint Eastwood e Sérgio Leone, pela Dynamite), mostra mais uma vez seu talento nesse tema.

Quanto à arte, dispensa comentários. Ninguém menos que o falecido John Buscema foi o responsável por caracterizar Frank Castle como um justiceiro típico do Oeste americano, implacável e perseguidor.

Seu traço característico é bem trabalhado nos personagens, porém em detrimento dos cenários - que é posto em segundo plano ou somente insinuado algumas vezes, exceto em alguns quadros e páginas, nas quais o artista dedica mais atenção a esse elemento.

Das várias encarnações que o Justiceiro viria a ter ao longo dos anos, esta é uma das mais simples, mas pode agradar aos fãs de western e "justiça natural" que esperam uma leitura aprazível.

Classificação:

4,0

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