THE PUNISHER - VOL. 10 - VALLEY FORGE, VALLEY FORGE
Autores: Garth Ennis (roteiro), Goran Parlov (arte) e Lee Loughridge (cores).
Preço: US$ 16,99
Data de lançamento: novembro de 2008
Sinopse: Um grupo de generais corruptos do exército e da força aérea norte-americana recrutam uma unidade da Delta Force para capturar o Justiceiro, enquanto Nick Fury dá a ficha completa dos pilantras a Frank Castle.
Positivo/Negativo: The Punisher - Vol. 10 - Valley Forge, Valley Forge é a última (até o momento) história de Garth Ennis na revista do Justiceiro pelo selo Max.
O encadernado de 144 páginas reúne as histórias publicadas entre os números # 55 e # 60 da revista mensal do personagem.
Valley Forge era o nome do acampamento do exército norte-americano continental no inverno de 1777 e 1778, que foi fundamental para a Guerra da Independência dos Estados Unidos. Ennis, que é interessado por história militar, já havia feito outras referências pertinentes como esta ao longo da série.
Em sua história derradeira para a linha Max, Ennis amarra várias pontas soltas, colocando ponto final nos eventos que permearam a série desde o terceiro arco, Mother Russia, iniciado em The Punisher # 13, quando o mesmo grupo de generais corruptos tenta usar Nick Fury (e o Justiceiro) numa operação ilegal na Rússia que passou a ser conhecida como Barbarossa - outra referência histórica do autor, pois este foi o nome dado por Hitler à invasão da União Soviética, em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial.
As consequências desta operação foram vistas nos arcos seguintes, incluindo os diversos encontros de Frank Castle e Barracuda (as aventuras foram publicadas na revista Marvel Max).
A trama se divide em duas narrativas: o confronto do Justiceiro e da unidade de cinco homens das forças especiais; e o lançamento do livro Valley Forge, Valley Forge, de Michael Goodwin, que relata o massacre de uma guarnição dos Estados Unidos no Vietnã e marca um dos momentos importantes que transformaram Frank Castle, o único sobrevivente do episódio, no Justiceiro.
As passagens do livro são contadas em prosa, como numa obra literária real, e se misturam por todos os capítulos.
Ennis começa o arco devagar, colocando as peças no tabuleiro, refrescando a memória do leitor sobre os eventos e personagens anteriores e dando uma idéia de qual será a grande dificuldade diante de Castle.
O segundo capítulo mostra um flashback no Vietnã, que será fundamental para o final da história, e a trama já dá uma boa acelerada com o primeiro confronto entre Castle e seus perseguidores.
Neste arco, o Justiceiro é testado em seus limites máximos, sem poder usar força letal, pois seus oponentes são soldados dos Estados Unidos. E Castle, apesar de tudo, nunca matou um policial ou um combatente norte-americano (desde que não fossem corruptos ou envolvidos com o crime) para cumprir seus objetivos.
No final, o que salva o Justiceiro não é a sua habilidade, astúcia ou experiência, mas um ato de seu passado, do qual ele nem ao menos se recorda.
A aventura é diversão garantida, com muita ação, reviravoltas e momentos bem tensos. Ennis constrói um desfecho competente para 60 edições de boas histórias.
Ajuda muito o fato de o desenhista ser o ótimo Goran Parlov, muito expressivo em suas pinceladas e que consegue passar a idéia da rudeza dos personagens e da selvageria do combate. Ele é figurinha carimbada na série e desenhou diversos arcos, incluindo as participações do Barracuda.
Levando-se em conta o arco posterior à saída de Ennis, a Marvel está se esforçando para não deixar a peteca cair. Tanto que o autor voltou a escrever o Justiceiro na minissérie Punisher War Zone.
A edição não possui uma introdução e traz poucos extras, como as capas originais de Tim Bradstreet e duas páginas com imagens reduzidas da arte original de Parlov em preto e branco.
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