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THE PUNISHER - VOLUME 1

1 dezembro 2012

THE PUNISHER - VOLUME 1

Editora: Marvel Comics - Edição especial

Autores: Greg Rucka (roteiro), Marco Checchetto (arte) e Matt Hollingsworth (cores);

"Tingling" from Spider-Island: I love New York City - Greg Rucka (roteiro) e Max Fiumara (arte).

Preço: US$19,99

Número de páginas: 136

Data de lançamento: Março de 2012

 

Sinopse

Frank Castle está de volta à ação. Quando o casamento de uma oficial das forças especiais dos Estados Unidos termina em massacre, o Justiceiro é o único capaz de garantir uma vingança à altura. Mas o crime organizado não cairá facilmente.

Tingling - Em meio aos eventos da saga Spider-Island, um grupo de criminosos com os poderes do Homem-Aranha tem uma surpresa desagradável pela frente.

Positivo/Negativo

Greg Rucka e Frank Castle formam uma combinação matadora. Quando a Marvel decidiu renovar o título do Justiceiro em seu universo oficial, o premiado autor de romances policiais foi uma escolha acertada para a tarefa. Afinal, nos últimos anos, o impiedoso vigilante viveu sucessivas fases sem tanto apelo, chegando ao absurdo de ser transformado numa criatura monstruosa.

A abordagem de Rucka para a nova série The Punisher, que tem os seis primeiros números reunidos neste encadernado de capa dura é, em parte, de uma volta ao básico, mas com inovações narrativas e elementos inéditos suficientes para garantir o interesse de leitores novos e antigos.

Numa primeira olhada, o Justiceiro é um personagem simples, cujas histórias seguem a cartilha dos criminosos sendo violentamente chacinados. O roteirista não foge à regra, mas amplia o mundo do anti-herói com um elenco de apoio interessante, de personalidades bem construídas, com muita intriga e suspense.

Aqui, o Justiceiro surge caracterizado como uma força implacável da natureza, um gênio estrategista e um homem com nada na mente além de sua missão. Na direção oposta de vários autores, Rucka não guia as histórias pelo monólogo interno do personagem. Castle, aliás, nunca esteve tão enigmático, atirando muito e falando quase nada, com atitudes que surpreendem pela frieza.

Mas o grande diferencial desta fase é mesmo o universo próprio desenvolvido pelo autor, desde o massacre no casamento da oficial Rachel Cole até as investidas da repórter Norah Winters. Há todo um painel de emoções humanas influenciadas pelas ações do Justiceiro, lembrando muito o trabalho do próprio Rucka na celebrada revista Gotham City contra o crime. Aqui também os investigadores policiais têm papel de destaque no clima urbano e sujo que é perfeito para a série.

Recentemente, as melhores fases do Justiceiro foram publicadas na linha adulta Marvel Max, assinadas por Garth Ennis e depois por Jason Aaron. De fato, quadrinhos sem restrições são ideais para narrar histórias de um assassino vingador, mas a nova interpretação de Greg Rucka e do ilustrador Marco Checchetto não perde nada por situar-se no Universo Marvel convencional.

Afinal, Frank Castle teve sua primeira aparição numa revista do Homem-Aranha, e sempre foi um contraponto funcional para os super-heróis da editora. E a mais impactante sequência de ação desta nova fase é logo com o vigilante lutando contra o perverso Abutre nos céus da cidade, provando que não há mal algum num intercâmbio de supervilões.

Em histórias posteriores às deste encadernado, Castle se une ao Demolidor e ao Homem-Aranha, num crossover assinado por Rucka em parceria com o roteirista Mark Waid, celebrando a boa base atual dos três personagens.

Na arte, Marco Checchetto é notável, mas sua interpretação do personagem-título parece "limpa" demais. Enquanto composição de quadros, elenco de coadjuvantes e cenários surgem impecáveis, o Justiceiro com pinta de galã acaba por comprometer o resultado visual. Mas o desenhista tem talento, e ainda pode se redimir.

Completa a edição uma história curta que integra o crossover Spider-Island, também escrita por Greg Rucka e com arte de Max Fiumara, cujo tom bem-humorado contrasta perfeitamente com a densidade da série principal.

Desde sua criação, em 1974, o Justiceiro já estrelou três adaptações cinematográficas e diversas revistas mensais com abordagens diferenciadas por grandes nomes da nona arte. E já nas primeiras edições, esta nova encarnação já merece figurar dentre os grandes destaques da carreira do exterminador de malfeitores.

 

Classificação:

4,0

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