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THE TITANS # 1

1 dezembro 2012

THE TITANS # 1

Editora: DC Comics - Revista mensal

Autores: Devin Grayson (roteiro), Mark Buckingham (desenhos), Wade von Grawbadger (arte-final) e Gregory Wright (cores).

Preço: US$ 2,50

Número de páginas: 24

Data de lançamento: Março de 1999

 

Sinopse

O início de uma nova jornada para os jovens defensores do planeta. Dick Grayson (Asa Noturna), Wally West (Flash), Donna Troy (Tróia), Roy Harper (Arsenal) e Garth (Tempest) são super-heróis desde a infância, melhores amigos e ex-protegidos dos integrantes da Liga da Justiça. Agora, após uma crise de proporções cósmicas que exigiu o envolvimento de todos os seus aliados, eles decidem reformar os Titãs e ainda convocar novos membros para a equipe.

Em paralelo, surge uma nova ameaça na forma de uma antiga organização de supervilões.

Positivo/Negativo

Eles já foram os astros da revista mais vendida da DC Comics durante a década de 1980, mas, 20 anos depois, precisavam urgentemente de novo fôlego. E foi o que aconteceu em 1999, com o lançamento de The Titans, a série mensal escrita por Devin K. Grayson e ilustrada por Mark Buckingham, que reuniu a formação original dos jovens heróis e ainda os colocou no papel de mentores de uma nova geração de justiceiros.

Se os Titãs, no princípio, eram os parceiros adolescentes dos grandes ícones da DC, nesta nova versão eles guiam os heróis mais inexperientes rumo a um futuro glorioso. Assim, Asa Noturna, Flash, Troia, Arsenal e Tempest selecionaram Detonador, Argenta, Jesse Quick, Cyborgue e Estelar para dividir a Torre Titã e a luta contra as forças do mal.

Verdade que entre os convidados há também alguns veteranos, mas isso se deveu ao fato de a roteirista Devin Grayson desejar um integrante de cada fase pregressa dos Titãs, além de estar de acordo com o conceito de equipe de amigos que se tornou uma família heroica.

Na época, o maior sucesso da DC era a Liga da Justiça de Grant Morrison , e "icônico" era palavra de ordem, que deveria ser seguida nos demais títulos da editora.

Assim, não foi uma escolha difícil reunir os cinco membros fundadores dos Titãs nesta revista cheia de energia, cujo tom foi diferenciado. O enfoque da autora era privilegiar as relações interpessoais e o dinamismo das caracterizações. Devin explorava a "família disfuncional" de super-heróis, os melhores amigos de infância que cresceram a continuaram juntos, ajudando uns aos outros a enfrentar desafios e o drama do amadurecimento.

O resultado foi uma série única, destacando cenas como a aposta do Flash de que duraria mais no grupo que Dick Grayson, e a brincadeira dos Titãs sobre o Arsenal transar com supervilãs. E como não podia faltar ação, os heróis já começaram sua nova existência enfrentando uma nova C.O.L.M.E.I.A., e tudo que era velho se tornou novo mais uma vez.

Outro ponto positivo a se destacar é a arte de Mark Buckingham. Esse veterano ilustrador britânico saía de uma boa fase à frente de Batman, e foi uma excelente escolha para os Titãs. Seu estilo arrojado e dinâmico contrasta com sua visão pouco usual dos super-heróis norte-americanos, que convencem como pessoas de verdade, mas longe do realismo.

Uma abordagem bem atípica, diferente de nomes do passado, como George Pérez e Tom Grummet, mas que funcionou. E a própria Devin Grayson gostava de desafiar convenções, dado que começou a escrever esses personagens ainda como fã, num conto erótico em que Dick Grayson tirava a virgindade de Donna Troy - com o auxílio de uma torta de chocolate.

Ela chamou a atenção dos editores da DC, e logo vieram mais histórias sobre os jovens super-heróis, incluindo uma minissérie solo do Arsenal, até a chegada do novo título. A escritora deixou a revista tempos depois para lançar a aclamada Batman - Gotham Knights, e posteriormente a série mensal do Asa Noturna, em seu último trabalho de destaque.

The Titans teve 50 edições nos Estados Unidos, mais um anual e dois especiais Secret Files. Após a saída de Devin Grayson, assumiram os roteiristas Jay Faerber e Tom Peyer, contando com os desenhistas Paul Pelletier e Barry Kitson, entre outros.

Variando entre bons e maus momentos, um fator que prejudicou a revista foi a constante interferência editorial e a decisão de transformar os Titãs em "babás" de um grupo de crianças superpoderosas. Não foi surpresa quando a DC cancelou o título e abriu espaço para a nova versão de Teen Titans, por Geoff Johns.

No Brasil, essas histórias iniciais foram publicadas pela Abril em Superman Premium, mas boa parte da série permanece inédita.

Para os fãs, fica a dica de correr atrás das edições originais, já que amizade verdadeira e paixões ardentes em meio a uniformes coloridos são combustível inesgotável para histórias que arrebatam.

 

Classificação:

4,0

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