The Walking Dead Compendium Three
Editora: Image – Edição especial que reúne as edições # 97 a # 144
Autores: Robert Kirkman (roteiro), Charlie Adlard e Stefano Gaudiano (arte), Cliff Rathburn (arte-final).
Preço: US$ 59,99
Número de páginas: 1088
Data de lançamento: Novembro de 2015
Sinopse
As coisas parecem que vão melhorar para Rick Grimes e seus amigos, mas, como sempre acontece nas HQs de terror de Kirkman, apenas pioram. E muito.
Positivo/Negativo
A parte interessante de ler The Walking Dead no formato compendium é poder dedicar horas à história, sem as distrações cotidianas de uma edição mensal. O lado ruim é que só sai uma edição dessas a cada quatro anos.
Isto posto, fica evidente que são muitas páginas e histórias em apenas um grande e pesado bloco de papel. Mas que nunca perde o fôlego. É impressionante como Kirkman deixa a trama cada vez mais atraente e angustiante.
Aliás, este é o teor principal deste terceiro compêndio. A angústia está presente em cada página, em cada nova ameaça.
Como nas outras edições, os zumbis pouco importam na trama. O que a deixa aterrorizante é a condição humana, quase perto da barbárie. São os homens – e não os zumbis – que fazem o mal. Os vivos é que são o inimigo, o desafio.
Neste volume, porém, parece que as coisas vão se acertar. Há uma comunidade, e ela está crescendo, com as pessoas vivendo felizes. Mas isso muda rápida e drasticamente.
A morte de personagens importantes não é um problema para Kirkman, que utiliza suas criações para o bem da história, não se deixando levar pelo fácil “todo mundo sempre escapa de algum jeito”, que acaba ocorrendo na série de televisão derivada dos quadrinhos.
E o autor também não foge de temas polêmicos, como homossexualidade, racismo ou escravidão.
Aliás, se você, leitor desta resenha, só assiste à série televisiva, saiba que conhece muito pouco sobre Walking Dead. O terror encontrado não páginas não se enxerga na tela. Isso porque a crueza e a crueldade explicitadas nos quadrinhos não conseguem ser transportadas para a televisão sem uma censura de 18 anos.
Robert Kirkman abusa da natureza má do ser humano e utiliza diversas formas para demonstrar isso psicologicamente. Ao mesmo tempo, Gaudiano e principalmente Adlard traduzem essa crueldade na forma de desenhos que deixam qualquer um incomodado com a violência.
Enfim, não é à toa que The Walking Dead é a HQ mais vendida nos Estados Unidos atualmente. Robert Kirkman e seus colegas são muito felizes na infelicidade que levam aos seus personagens.
Classificação
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