Autores: Peter David e Robin Furth (roteiro) e Jae Lee (desenhos).

Preço: R$ 4,90

Número de páginas: 32

Data de lançamento: Fevereiro de 2008

Sinopse: O jovem Roland Deschain se prepara, junto com outros jovens de sua idade, para um dia portar as armas dos homens da cidade de Gilead, da qual seu pai é o senhor.

Influenciado pelo mago traidor de seu pai, Roland se oferece antecipadamente para o teste final de seu treinamento. Porém, ao invés da morte certa, ele encontra a vitória, e assim começa a saga do Pistoleiro.

Positivo/Negativo: Foi com grande destaque que a Marvel anunciou que publicaria, no começo de 2007, uma minissérie em quadrinhos baseada na série de livros A Torre Negra, do renomado escritor Stephen King.

O principal mérito da HQ é funcionar como uma narrativa autônoma, sem depender completamente dos sete livros, que juntos somam mais de quatro mil páginas. Ao invés de somente adaptar a história para os quadrinhos, ela se concentra na origem do protagonista, podendo servir como atrativo para os livros.

A trama apresenta Roland Deschain ainda jovem, antes de se tornar o lendário Pistoleiro, uma figura que estaria presente em mitos de diversas culturas. No percurso para se tornar um homem, o garoto experimenta sensações muito humanas, diferentemente do que costuma acontecer com as lendas.

Essa abordagem ajuda a criar uma identificação maior com o personagem, que se torna mais próximo do leitor. Além disso, a ambientação criada por Stephen King, combinando um cenário de faroeste com elementos de fantasia e misticismo, realça o duro processo de amadurecimento de Roland.

Nesse ambiente hostil e violento de luta pela sobrevivência, cheio de intrigas, valores como a família e o uso das armas são cercadas de simbolismo, com um peso muito grande na consciência dos jovens que treinam para se tornar homens. É o imaginário sobre os pioneiros do Velho Oeste amplificado e com ares de mitologia.

A série também merece destaque por apresentar o retorno do desenhista Jae Lee. Seu estilo cheio de sombras combina perfeitamente com esse tipo de trama.

A edição da Panini tem boa qualidade gráfica, mas poderia apresentar algum texto de introdução, explicando melhor do que se trata a série original e como esta minissérie se encaixa nela.

Além disso, faz falta um glossário dos termos na língua falada pelos moradores de Gilead, que nem sempre são explicados pelo texto.