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TRANSFORMERS # 6

1 dezembro 2004


Título: TRANSFORMERS # 6 (Panini Comics) - Minissérie em seis edições

Autores: Chris Sarracini (roteiro), Pat Lee (desenhos) e Rob Armstrong (arte-final).

Preço: R$ 1,99

Número de Páginas: 24

Data de lançamento: Dezembro de 2003

Sinopse: Enquanto os Autobots e os Decepticons lutam no meio de São Francisco, o vírus cibernético de Megatron continua a assimilar tudo o que toca. Para complicar, o fanático general Hallo planeja aniquilar todos os Transformers, sem se importar com a população civil presa no fogo cruzado.

Agora, Como Optimus Prime precisa descobrir um jeito de derrotar Megatron, impedir o vírus e deter um míssil nuclear.

Positivo/Negativo: O lançamento de Transformers no Brasil tem méritos muito mais comerciais do que artísticos. Afinal, a minissérie causou bastante frisson nos Estados Unidos, quando conseguiu desbancar Batman e X-Men do topo da lista dos mais vendidos. Um feito notável para um gibi não-publicado pela DC Comics ou Marvel.

Essa boa performance iniciou um amplo revival dos anos 1980, fazendo com que outros desenhos antigos também ganhassem uma nova adaptação nos quadrinhos. São os casos de Robotech, Thundercats e de He-Man, cuja revista ainda não chegou no Brasil, mas faz parte dos planos da Panini.

A aposta da editora é de que existe um público saudosista para esse material. Assim, ela investiu pesado para chamar a atenção. O principal atrativo era o preço baixíssimo, que fez muita gente esfregar o olho de descrença. Além disso, o potencial de atrair leitores que não compram ou que deixaram de comprar gibis da Marvel/DC era enorme.

Sobre esta minissérie, a história está longe de ser uma obra-prima. É praticamente uma continuação do desenho animado, que muita gente nem lembra mais como terminava (se terminava, já que nossas emissoras são famosas por cortar episódios).

Partindo deste início, o roteiro mantém o mesmo clima das aventuras inocentes da TV, embora com um pouco mais de liberdade para mostrar personagens morrendo e Autobots traindo seu líder, Optimus Prime. Outra sacada interessante é mudar o foco do conflito Autobots X Decepticons, para Transformers X Humanos.

No entanto, esse amadurecimento da trama passaria batido se a minissérie não tivesse a boa arte de Pat Lee. Com um estilo muito próximo dos animês, os quadrinhos acabam lembrando acetatos de animação, fato reforçado pela colorização computadorizada.

Esta edição ainda traz um pin-up central duplo, o tipo de brinde que faz a alegria dos fãs. Oportunamente, a Panini e a Estrela também estão organizando um concurso para promover tanto a revista quanto os brinquedos. E já está programada a estréia de Transformers: Armada, a continuação da minissérie.

A julgar pelo marketing, parece que, dessa vez, Transformers veio para ficar. E se eles conseguirem ampliar nosso mercado consumidor de quadrinhos, há anos sofrendo com a perda de leitores, que sejam bem-vindos.

Classificação:

4,0

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