Autores: Estúdios Mauricio de Sousa.

.Preço: R$ 2,90

Número de páginas: 64

Data de lançamento: Março de 2008

Sinopse: Guerra nas prateleiras - Para completar a coleção de bonequinhos de Berro nas Estrelas, Cascão precisa conseguir a miniatura do bandidão Darti Vader. Mas, na loja, o personagem está esgotado. E o último exemplar das redondezas está nas mãos de Cebolinha.

Oiveni - Objeto Intrigante Vindo do Espaço Não Identificado - Um objeto preto misterioso surge em uma civilização pré-histórica, e o Astronauta presencia o mistério.

Os heróis do planeta gelado - Cascão e Cebolinha brincam com miniaturas de Berro nas Estrelas.

A saga continua - Astronauta encontra vários personagens de ficção científica.

Joguinho novo - A Turma da Mônica disputa uma partida de um jogo de Berro nas Estrelas.

Tauó - Tirinha em que Mônica experimenta a Força.

Positivo/Negativo: Nos últimos meses, chegaram às bancas várias revistas com adaptação de filmes (e até uma série de TV, no especial Lostinho) protagonizadas pela Turma da Mônica. Por isso, é bom ir logo avisando: a capa de Tauó pode induzir ao erro.

No miolo, Cebolinha não encarna Darth Maul, nem Horácio assume as vestes de Mestre Yoda. Aliás, como o dinossaurinho, Bugu, Dudu, Bidu, Louco, Dona Morte, Penadinho e outros personagens que aparecem na capa nem sequer dão as caras nas HQs.

Se o leitor folheia a revista antes da compra, logo se dá conta: como fica explícito no editorial da página 3, são aventuras apenas baseadas em Guerra nas Estrelas. Não se trata nem mesmo material novo: são republicações.

Cada uma das histórias traz elementos da série cinematográfica de George Lucas. Se é uma HQ da turminha, os seres espaciais surgem em bonequinhos ou jogos. Nas duas do Astronauta, o aventureiro loiro depara com as criaturas da saga de ficção científica.

Por sinal, é justamente o Astronauta que rende as histórias mais interessantes. A primeira, Oiveni - Objeto Intrigante Vindo do Espaço Não Identificado, mostra um encontro nonsense entre Star Wars e 2001 - Uma odisséia no espaço. Um monólito preto, reluzente, de fato causa estranheza - não só nos seres pré-históricos, mas também no próprio leitor, graças ao bom uso do preto e do branco na superfície do objeto, que quebra os padrões de cores vivas da turminha.

A saga continua também chama a atenção pelo tom surreal e, de novo, pelo traço: os personagens de ficção científica não são adaptados ao estilo de Mauricio de Sousa. Suas linhas são mais finas, e o resultado é muito mais próximo de uma caricatura do que do próprio Astronauta.

As histórias da turminha, porém, são cansativas: as três mostram a criançada brincando - e duas vezes dentro de casa. O problema, aí, é que a graça de uma brincadeira não está no plano físico, representado na história, e sim no imaginário, que só é representado em um punhado de quadrinhos de Os heróis do planeta gelado.

O material da turminha, infelizmente, perde na comparação com a fase atual dos Estúdios Mauricio de Sousa, que anda produzindo histórias mais ricas e divertidas. E pior: é abafado pela promessa frustrada da bela capa. Se fosse uma adaptação de fato, é provável que o resultado fosse bem superior.