TURMA DA MÔNICA JOVEM # 2
Autores: Mauricio de Sousa e Flávio T. de Jesus (texto), Emy T. Y. Acosta, José Aparecido Cavalcante, Mauro de Souza e Zazo Aguiar (desenhos) e Kazuo Yamassake, Reginaldo S. Almeida e Viviane Yamabuchi (arte-final).
Preço: R$ 6,40
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Setembro de 2008
Sinopse: Em busca de seus pais, a Turma da Mônica é levada para a primeira das quatro dimensões mágicas: Mavidele.
Positivo/Negativo: Sem a necessidade de apresentar a nova versão dos personagens, esta segunda edição de Turma da Mônica Jovem vai direto ao ponto. Logo de cara, Mônica, Cebolinha, Cascão e Magali são conduzidos à primeira das quatro dimensões mágicas que vão encarar para salvar seus pais.
Mavidele, como a reordenação das letras indica, é um reino medieval, típico da cultura dos RPGs. E a primeira missão da turma tem justamente o clima dos jogos: cada um ganha uma habilidade e, para avançar, eles precisam enfrentar dragões e monstros e encontrar chaves e segredos.
Graças a essa objetividade, esta edição deixa mais nítido que Turma da Mônica Jovem não é uma versão mangá das criações de Mauricio de Sousa. Trata-se de um pastiche, de uma brincadeira, no mesmo estilo de especiais como Lostinho. A diferença é o traço orientalizado e as características adolescentes dos personagens - mas isso é apenas um charme a mais. A rigor, ainda é uma HQ de humor, que zoa a cultura pop.
A trama está mais objetiva, e isso é um avanço desta segunda edição. Mas há um porém: lá pelas tantas, o acúmulo de provas se torna um pouco cansativo - mesmo sendo uma evidente sátira às partidas de RPG.
O problema é que esta edição tem a tarefa de mostrar que a Turma Jovem não é apenas um fetiche passageiro, uma curiosidade que se esvai depois da estréia, e sim um título que pode se sustentar em bancas e no coração dos leitores.
Por isso, os pontos mais arrastados da narrativa soam tão problemáticos. Eles evidenciam que a série ainda tem problemas para resolver - e será que a solução chega a tempo?
E qual será o efeito do fim do desconto camarada da primeira edição? O segundo número não está só 50 centavos mais caro - mas também ultrapassou a marca dos R$ 6,00.
As respostas são cruciais não só para a persistência do título, mas também para ajudar a compreender melhor a natureza e os anseios do próprio mercado brasileiro de quadrinhos.
Afinal, com mais de 200 mil exemplares vendidos na primeira edição, a revista anda na contramão da recessão das HQs. Há tempo que não se via um lançamento chegar às bancas com tanto vigor - seja de material nacional ou estrangeiro.
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