ULTIMATE MARVEL # 3
Editora: Panini Comics - Revista mensal
O novo mundo segundo Peter Parker (Ultimate Spider-Man # 3) - Brian Michael Bendis (roteiro), David Lafuente (arte) e Justin Ponsor (cores);
A guerra das armaduras (Ultimate armour wars # 3) - Warren Ellis (roteiro), Steve Kurth (desenhos), Jeff Huet (arte-final) e Guru eFX (cores);
A nova geração (Ultimate Avengers # 3) - Mark Millar (roteiro), Carlos Pacheco (desenhos), Danni Miki, Dexter Vines e Allen Martinez (arte-final) e Justin Ponsor (cores).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Setembro de 2010
Sinopse
O novo mundo, segundo Peter Parker - Johnny Storm conversa com a Tia May enquanto Peter tenta impedir Mystério de roubar um banco.
A guerra das armaduras - Tony Stark enfrenta Bram Velsing na Alemanha.
A nova geração - Nick Fury se encontra com Gregory Stark, irmão de Tony, para criar uma nova versão dos Vingadores e caçarem o Capitão América.
Positivo/Negativo
A revista Ultimate Marvel, ainda que apontando para diversas direções, vai indo.
Homem-Aranha tem gosto de tarde de meio de semana, de sofá depois da escola. Uma série leve, boba e amena. Leitores exigentes podem se incomodar ou até mesmo se levantar dizendo que Brian Michael Bendis pode mais.
E Alias confirma isso. Mas crime algum se comete ao escrever uma história descompromissada. Basta usar a lente correta para trazê-la aos olhos. Só que não há a lente ou descompromisso que justifiquem saltos ilógicos na narrativa.
De repente, o Homem-Aranha está combatendo aranhas gigantes e, uma página depois, está com o pé na cara de Mystério. Claro que a característica intrínseca da arte das HQs permite ao leitor acompanhar a trama, mas é uma quebra que não se usava até esse momento.
A arte de David Lafuente pode não arrebanhar uma legião de admiradores, mas sustenta essa trama simples do Amigão da Vizinhança. É digno de elogio o visual do vilão Mystério, sem aquário na cabeça. Ficou muito melhor.
Guerra das armaduras começa no meio de um combate e se encerra no meio de outro. Nesse tour de Tony Stark pela Europa em busca de seus trajes de combate, Warren Ellis faz uma história preguiçosa, pendendo ao óbvio.
A série não é, de modo algum, desprezível, porém fica um sentimento de que poderia render mais. A arte da dupla Steve Kurth e Jeff Huet é fraca demais. As expressões não são somente duras, são malfeitas. Que o leitor observe atentamente a cena da passeata em Londres, por exemplo.
Quanto aos Vingadores, não há novidades temáticas ou de forma em relação aos volumes anteriores de Supremos, escritos pelo próprio Mark Millar. Muita ação de bastidores, arranjos políticos, falcatrua e violência.
A arte de Carlos Pacheco é, de longe, a de maior destaque na revista. Assim como o roteiro de Millar é o mais bem construído. Não há dúvida: o melhor ficou para o final.
Millar prepara um grande combate para a próxima edição. A expectativa é das melhores.
Classificação: