ULTIMATE MARVEL # 5
Editora: Panini - Revista mensal
O novo mundo segundo Peter Parker (Ultimate Spider-Man # 5) - Brian Michael Bendis (roteiro), David Lafuente (arte) e Justin Ponsor (cores);
Inimigo supremo (Ultimate enemy # 1) - Brian Michael Bendis (roteiro), Rafa Sandoval (desenhos), Roger Bonet (arte-final) e Matthew Wilson (cores);
A nova geração (Ultimate Avengers # 5) - Mark Millar (roteiro), Carlos Pacheco (desenhos), Dexter Vines com Thomas Palmer (arte-final) e Justin Ponsor (cores).
Preço: R$ 6,50
Número de páginas: 72
Data de lançamento: Novembro de 2010
Sinopse
O novo mundo segundo Peter Parker - O confronto entre Homem-Aranha e Mysterio. Mais um morador chega à casa da Tia May.
Inimigo supremo - Uma estranha criatura surge no prédio da Roxxon e ameaça a cidade inteira. Mas parece ter muito mais por trás disso.
A nova geração - Os Vingadores enfrentam o Caveira Vermelha e o cubo cósmico.
Positivo/Negativo
Ultimate Marvel traz uma estreia: Inimigo supremo, enquanto os arcos de Homem-Aranha e Vingadores se aproximam da conclusão.
O mix abre com Homem-Aranha e entrega logo o seu ponto alto. Mais: traz a melhor história de Brian Michael Bendis desde o reinício do universo Ultimate.
É muito legal ver um Homem-Aranha tão divertido, numa aventura leve e ao alcance do leitor infanto-juvenil. Ação e cenas dramáticas estão bem distribuídas por todas as páginas da narrativa. Sem falar na quebra de algumas regras do quadrinho norte-americano.
Não há splash page e as páginas duplas são usadas para distribuir vários quadros de ação e não para enfocar um único. Perde-se impacto, ganha-se narrativa. E funciona, graças à habilidade narrativa do desenhista David Lafuente. As cenas de ação são bem coreografadas e o andamento da história é ótimo.
Bendis, negando outra regra, não tem qualquer problema para usar diversos balões de fala por quadrinho. Com a já conhecida habilidade do escritor com diálogos, os calhamaços de texto não travam a fruição da aventura.
O negativo fica por conta do discurso em voz alta do vilão no final da aventura, o que é um clichê dos mais embaraçosos de se ver.
Inimigo supremo estreia sem dar a entender bem o que faz ali. A história toda é um trailer - ou melhor, um teaser - que mostra os personagens que, aparentemente, farão parte da trama, mas não os apresenta ou define situações.
É necessário que o leitor tenha conhecimento prévio do universo. Por exemplo, por que Reed Richards é tão jovem e mora com os pais?
Aguarda-se que a trama engrene na próxima edição.
Fecha a edição a violenta história dos Vingadores. Mark Millar oferece um bom roteiro, com reviravoltas interessantes e cenas de arrepiar - que, por muitas vezes, flertam com a apelação.
A equipe de arte faz um ótimo trabalho. Aqui, diferentemente de Homem-Aranha, há várias splash pages e páginas de impacto.
Mês que vem, a conclusão do arco que mostra o combate entre o Caveira Vermelha e os Vingadores.
A edição da Panini vai bem. Mas é de se pensar como uma história tão "Sessão da Tarde" do Homem-Aranha pode conviver com a violência dos corpos despedaçados de Vingadores.
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