Há uma bela garantia pro leitor em Ultimate Marvel: a série Homem-Aranha.

A trama adolescente escrita por Brian Michael Bendis mantém-se bem, com ganchos muito interessantes para o futuro. A arte de Takeshi Miyazawa é ótima e, fato, o Cabeça de teia fica legal demais no traço oriental.

Nesta série, os diálogos de Bendis, sua principal e melhor característica, estão afinadíssimos e é difícil que o leitor não se divirta com o amigão da vizinhança.

Já em Inimigo supremo, o pensamento é outro. Parece que Bendis gastou todo o seu melhor com o Aranha e jogou aqui o que sobrou. É uma muito mal articulada trama com mistérios a respeito de um invasor alienígena - o tal inimigo do título.

Ao final, decepção: não é um desfecho, mas o começo da série seguinte, Mistério supremo, que não será publicada pela Panini na próxima edição. Por isso, o jeito é o leitor segurar a ansiedade.

Encerra a edição Ultimate X.

Aqui, outro personagem é apresentado pelo roteirista Jeph Loeb, usando o mesmo esquema da edição anterior: narração em recordatório de alguém que não é o protagonista.

A história é mais interessante que a edição anterior. Mas Loeb ainda está apresentando os personagens que usará na trama.

A arte é de Arthur Adams, um dos mais elegantes desenhistas de super-heróis da indústria norte-americana de quadrinhos.

Na próxima edição, não haverá Homem-Aranha. Estreiam os Supremos, de Jeph Loeb e Frank Cho, e o segundo volume de Os Vingadores, de Mark Millar, com arte de Francis Leinil Yu.

E a tendência é que a qualidade geral da revista caia.