Ultraman # 1
Editora: JBC – Publicação esporádica
Autores: Eiichi Shimizu (roteiro) e Tomohiro Shimoguchi (arte).
Preço: R$ 14,90
Número de páginas: 240
Data de lançamento: Setembro de 2015
Sinopse
Shinjiro Hayata, o primeiro Ultraman, visita o memorial ao herói que salvou a Terra de inúmeros monstros, décadas atrás. Seu filho pequeno, que o acompanhava, sofre um grave acidente ao cair do terceiro andar, porém nem sequer se machuca.
Mr. Ide, ex-membro da extinta Patrulha Científica, conta para Hayata que a Patrulha ainda está ativa, pois a Terra está sob ameaça.
Alguns anos se passam e o jovem Shinjiro compartilha com o pai a mesma força e a velocidade sobre-humana.
O inimigo afinal se revela, e Shinjiro é atacado por uma terrível ameaça do passado de seu pai. Equipados com armaduras da Patrulha Científica, ambos tentarão sobreviver ao confronto iminente com um oponente extremamente poderoso. Será a hora do retorno do Ultraman?
Positivo/Negativo
Não teria como ser tarefa fácil atualizar um seriado como Ultraman, que, ao lado de Ultraseven e Ultraman Jack, faz parte da memória perene de tantas pessoas que assistiram e se divertiram com as aventuras desses heróis na TV brasileira, na década de 1970, quando havia bem menos opções de entretenimento.
Sucesso enorme no Japão, onde foi criado, o personagem gerou numerosas continuações e derivados por lá, os integrantes da famosa Família Ultra. Assim, não foi pouca a responsabilidade depositada nas mãos dos dois artistas que assinam esta série. E Eiichi Shimizu (roteiro) e Tomohiro Shimoguchi (arte) deram conta do recado.
Hayata, agora um senhor de idade, não tem nenhuma lembrança de seu período como hospedeiro do Ultraman. O que lhe sobrou foram força e velocidade sobre-humanas, dons que seu filho Shinjiro herdou.
Com um ar nostálgico, até uma foto da antiga Patrulha Científica, ainda ativa, é mostrada no salão do Memorial ao herói japonês. E o inimigo da trama também é um dos vilões do seriado Ultraman. Tudo com muita ação e um traço dinâmico e detalhado, como manda a escola dos mangás do gênero (como Evangelion, por exemplo), aproveitando para atualizar os personagens aos tempos atuais.
A trama ainda deixa o leitor curioso para o próximo número, com várias perguntas no ar, em especial no final. Por isso tudo, este primeiro volume é uma ótima pedida para matar as saudades de um herói inesquecível, ainda que não seja exatamente ele o protagonista, e sim, ao que tudo indica, os responsáveis pelo seu legado.
E, como não poderia deixar de ser, lutas e mais lutas, pelo jeito, não vão faltar – para alegria dos fãs. Afinal, quem lembra do seriado sabe que o momento mais esperado era quando Hayata sacava sua “lanterninha” e erguia o braço para a transformação. Era então que o bicho pegava pra valer, para azar daqueles monstros feios de borracha!
Classificação:
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