Há de se convir que, em se tratando de Batman, um herói demasiadamente racional e lógico, a premissa apresentada na sinopse não é das mais animadoras. No entanto, o que se segue é uma história correta, despretensiosa e com um final na medida.

O herói começa a jornada sozinho, mas logo se juntam a ele um homem de meia-idade chamado Henry Sands e a jovem Mary McClellan. Ele chegou àquele estranho lugar devido a um choque insulínico; ela sofreu um acidente enquanto patinava.

No decorrer da trama, o leitor conhece um pouco mais sobre esses dois estranhos e também sobre o próprio Batman, que passa a negar alguns de seus instintos básicos e a confiar mais nessas pessoas, que estão presas com ele nesse lugar desconhecido.

Também vale mencionar a arte de Hampton, consistente e agradável o tempo todo, com destaque especial para as bonitas capas de cada uma das edições.

Coma pode não ser do nível dos melhores arcos do título (no Brasil, essas sagas foram publicadas pela Abril dentro da série Um conto de Batman), como, por exemplo, Shaman e Gothic, mas diverte ao apresentar o herói de uma maneira diferente da usual, sempre respeitando sua personalidade e suas idiossincrasias.