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UMBRA

1 dezembro 2007


Título: UMBRA (Devir
Livraria
) - Edição especial

Autores: Stephen Murphy (roteiro) e Michael Hawthorne (arte).

Preço: R$ 25,00

Número de páginas: 132

Data de lançamento: Junho de 2007

Sinopse: Askja, uma legista viciada em Ativan (um ansiolítico conhecido por aqui como Lorazepam), encontra um esqueleto de Neanderthal fêmea numa caverna em 1999 em plena Islândia.

O cadáver em si já seria de se estranhar, afinal, os Neanderthals nunca chegaram sequer perto daquela região. Mas a necropsia começa a revelar mais detalhes esquisitos: uma etiqueta da Benetton no casaco, um dente com obturação de cerâmica e outros detalhes que fazem com que Askja suspeite de que há algo muito errado por ali.

Para se somar a isso, a jovem investigadora começa a sonhar com a mulher das cavernas.

Positivo/Negativo: Neste mar de lançamentos e bancas e livrarias lotadas, o gênero de suspense não chega a estar entre os mais contemplados pelas editoras. A maioria do material sai dentro de revistas mix, em um formato híbrido com os super-heróis - como se vê em alguns arcos de Gotham City contra o crime, por exemplo.

Umbra, que não tem nada a ver com a marca de produtos esportivos de mesmo nome, chega às livrarias em edição única para ocupar esse nicho.

Originalmente, foi lançada em minissérie de três edições pela Image, dentro da linha de títulos mais independentes que vem tirando a pecha de ruindade que a editora adquiriu logo que surgiu, nos anos 90. É uma HQ-irmã, portanto, de séries já conhecidas pelos leitores brasileiros, como Madman, Bone, Estranhos no Paraíso, Invencível e Os Mortos-Vivos. Por aqui, a Devir coletou tudo num único álbum, em preto-e-branco e formato 16,5 x 24 cm.

Murphy e Hawthorne constroem uma boa trama de suspense. Já de cara, o leitor depara com muita estranheza: sonhos simbólicos e proféticos, um cadáver de Neanderthal vestindo Benetton, uma investigadora homossexual viciada em ansiolítico - e tudo isso na Islândia, um país que mistura o cool da cantora Björk com a temperatura baixa e estável por conta de fontes termais que dominam seu subsolo.

Um roteiro conciso, bem conduzido pelos desenhos estilosos de Hawthorne, faz com que a leitura engrene na boa. O final da história não chega a ser uma maravilha, porque o autor preferiu manter o clima esquisito em vez de resolver o mistério em um plano mais real.

Contudo, não é nada que comprometa a HQ, que não chega a ser indispensável, mas tem uma narrativa sólida, madura. Só um ponto não fica realmente claro: como o cadáver (que a história vai explicar quem é) conseguiu um casaco de grife italiana?

Outro defeito da HQ é sua capa, que não é lá muito atrativa - e, pra piorar, duplica a imagem da silhueta da mulher navegando, que originalmente faz parte apenas do logotipo. E na contracapa há um erro que seria picuinha se não estivesse justo numa parte tão importante para conquistar o leitor: saiu grafado "mini-série", em vez de minissérie.

Classificação:

4,0

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