UNIVERSO DC # 12
Autores: A saga do relâmpago - Geoff Johns (texto), Fernando Pesarin (arte) e Jeromy Cox (cores);
Só pode haver um - Bruce Jones (texto), Renato Guedes (arte e cores);
O tridente de Lucifer - Bill Willingham (texto), Tom Derenick (desenhos), Wayne Faucher (arte-final) e Mike Atiyeh (cores);
Corvalho - Greg Rucka, Nunzio DeFilippis, Christina Weir (texto), Steve Scott, Cliff Richards (desenhos), Nathan Massengill, Steve Bird (arte-final) e Santiago Arcas (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Maio de 2008
Sinopse: A saga do relâmpago - A busca da Sociedade da Justiça e da Liga da Justiça pelos cinco integrantes da Legião dos Super-Heróis perdidos no presente continua.
Em Gotham, Batman, Geoforça, Sandman e Starman encontram Sonhadora no Asilo Arkham. Na Fortaleza da Solidão, Superman, acompanhado de Tornado Vermelho, Tempestade e Stargirl, procura Pulsar.
Só pode haver um - Na prisão, com o peso de ser hospedeiro de um Omac, Mike oscila entre a alucinação e a realidade.
O tridente de Lúcifer - O Pacto das Sombras, mesmo tomado por membros substitutos, luta contra as tropas do Inferno para salvar o Demônio Azul.
Corvalho - Fogo, cavalo do Xeque-Mate, acerta as contas da Operação Condor com seu pai.
Positivo/Negativo: O grande destaque desta edição é, sem dúvida, A saga do relâmpago, que interliga a Liga da Justiça com a Sociedade da Justiça.
Não é só porque, dizem, a história tem um papel central na cronologia da DC Comics, com impactos que, mais adiante, conduzirão o leitor até a Crise Final. O motivo principal é que a série, de fato, é uma bela HQ de super-heróis.
Os acertos são diversos. Vão desde o tom certo dos diálogos até a arte competente. Há também boas surpresas, como um enfrentamento entre diversos Batmen (que evoca, aliás, a HQ Planetary e Batman - Noite na Terra). Mas, sem dúvida, a escolha dos personagens foi precisa. Inclui até mesmo a versão clássica da Legião dos Super-Heróis - e não a que vem saindo em Os melhores do mundo.
O ritmo da narrativa também é uma delícia. A segunda parte começa após um corte temporal preciso, realizado logo no fim da primeira (publicada em Liga da Justiça # 66).
Geoff Johns já vinha fazendo um grande trabalho na nova fase da Sociedade da Justiça. Mas sua parceria com o romancista Brad Meltzer nesta A saga do relâmpago é trabalho memorável. Quase chega a redimi-lo do fiasco que foi a minissérie Crise Infinita.
Por conta do começo do crossover da Liga e da SJA, a história de Xeque-Mate fica um pouco ofuscada. Coisas de revista mix: nem sempre se dá o destaque que os títulos merecem.
Mas o arco Corvalho, que chafurda nas ditaduras latino-americanos dos anos de 1970, é um grande trabalho do time criativo liderado por Greg Rucka. De modo simples, mas não necessariamente simplista, a HQ faz ficção com fatos - e mostra qual é, pra valer, o papel do Xeque-Mate no mundo.
Omac e Pacto das Sombras são histórias menores dentro do mix. A primeira volta a ficar confusa, e seu grande mérito é, mais uma vez, a bonita arte de Renato Guedes.
Já a HQ do grupo de magos se complica ao lidar com clichês demais, o que prejudica o andamento da trama.
De qualquer forma, a verdade é que a reformulação recente deu um belo gás para Universo DC. De patinho feio, virou uma bela revista para os fãs mais hardcore da DC.
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