Confins do Universo 219 - Histórias de Editor # 7: É o Lobo! É o Lobo!
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UNIVERSO DC # 13

1 dezembro 2008


Autores: A saga do relâmpago - Geoff Johns (texto), Dale Eaglesham (desenhos), Ruy José (arte-final) e Jeromy Cox (cores);

Jogo limpo - Bruce Jones (texto), Allan Goldman (desenhos), J.J. Marreiro (arte-final) e Diogo Nascimento (cores);

Viva pela espada, morra pela espada - Bill Willingham (texto), Tom Derenick (desenhos), Wayne Faucher (arte-final) e Mike Atiyeh (cores);

Renegados em Xeque - Greg Rucka, Judd Winick (texto), Joe Bennet (desenhos), Jack Jadson (arte-final) e Santiago Arcas (cores).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Junho de 2008

Sinopse: A saga do relâmpago - Juntas, Sociedade da Justiça, Liga da Justiça e Legião dos Super-Heróis têm que enfrentar uma criatura bisonha no meio de um pântano.

Jogo limpo - Superman e os Omacs Michael e Vienna tentam derrotar de uma vez por todas o Irmão-Olho.

O tridente de Lúcifer - Em seu leito de morte, o Senhor da Noite, do Pacto das Sombras, revê toda a sua vida.

Renegados em Xeque - O Xeque-Mate cria uma emboscada coletiva para os Renegados.

Positivo/Negativo: Apesar de todas as revistas com o selo DC Comics serem, na teoria, interligadas, a prática mostra que apenas uma parcela dos leitores acompanha tudo. O mais comum é que se selecione um pacote a ser adquirido todo o mês - e não perder a continuidade.

Por isso, há um lado ruim de promover cruzamentos entre títulos - os chamados crossovers - que se desenvolvam em mais de uma revista.

É ruim para o leitor, que precisa comprar uma revista que eventualmente não lhe interessa - e, de quebra, por conta do modelo brasileiro de publicação, levar outros capítulos esparsos, que dificilmente farão sentido.

Para a editora, a estratégia parece boa: afinal, o leitor acaba abrindo a carteira e aumentando seus gastos. Isso, claro, é uma ilusão.

As vendas até podem subir, mas a sensação de que a editora armou uma arapuca é gritante - e é improvável que uma empresa tire proveito da imagem de tentar enrolar seu consumidor por uns reais a mais.

A culpa, claro, não é só da Panini. O que a editora publica no Brasil segue as idiossincrasias do material original, de acordo com as regras do mercado norte-americano. A única diferença é que lá não se publicam revistas mix e, portanto, não sobram arremedos de história.

É importante destacar isso diante de Universo DC # 13. Isso porque a revista está interligada com outros dois títulos.

Por exemplo: para se ler o carro-chefe, Sociedade da Justiça, é preciso comprar a revista da Liga da Justiça. E, a partir desta edição, Xeque-Mate interage com os Renegados (que sai em Novos Titãs).

Ao menos as duas séries são boas HQs de super-heróis.

A mais empolgante é A saga do relâmpago, uma história que reúne Liga da Justiça, Sociedade da Justiça e a Legião dos Super-Heróis original. Mesmo que tenha um apelo maior para os nostálgicos, por remexer conceitos e personagens antigos, a história é bem narrada e tem arte bonita.

O maior problema fica por conta da confusão mental da Legião dos Super-Heróis. O fato de o grupo se sentir perdido e desmemoriado acaba contaminando a narrativa, que fica truncada.

Renegados em Xeque, por sua vez, começa com bastante ação e uma premissa interessante: a agência de espionagem tentando impedir os Renegados de agir. Embora o resultado não seja exatamente um primor de HQ, ao menos o enredo é promissor.

Para completar, a revista vem com uma boa história de Pacto das Sombras. Bill Willingham costuma acertar quando conta as origens de seus personagens. Novamente, faz uma HQ fechada leve e gostosa de ler. Não é seu melhor trabalho (Fábulas é bem melhor), mas fica acima da média.

Quem desliza no último capítulo é Omac. A série se desenvolveu de forma irregular. Nos seus altos e baixos, o pico sempre foi a arte de Renato Guedes, que é substituído por um time competente de brasileiros. Mas, ao tentar emular o estilo de Guedes, o grupo falha - e faz apenas um pastiche razoável. É uma pena.

Universo DC foi um título conturbado desde o começo. Teve um começo fraco e sempre foi lar de revistas irregulares, o que dificultou que tivesse uma cara. Talvez seja justamente por esses defeitos que, segundo anúncio recente da Panini, será cancelada a partir de setembro.

Classificação:

4,0

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