UNIVERSO DC # 6
Título: UNIVERSO DC # 6 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Esquadrão paralelo - Greg Rucka, Nunzio DeFilippis, Christina Weir (texto), Cliff Richards (desenhos), Dan Green (arte-final) e Santiago Arcas (cores);
Caçada selvagem - Bill Willingham (texto), Cory Walker (arte) e Mike Atiyeh (cores);
A batalha por Blüdhaven - Justin Gray, Jimmy Palmiotti (texto), Dan Jurgens (desenhos), Jimmy Palmiotti (arte-final) e Javi Montes (cores);
Roendo a corda - Gail Simone (texto), Brad Walker (desenhos), Jimmy Palmiotti (arte-final) e Paul Mounts (cores).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Novembro de 2007
Sinopse: Esquadrão paralelo - Rick Flag é resgatado de uma prisão no Qurac. E, debaixo do nariz do Xeque-Mate, um novo Esquadrão Suicida está em formação.
Caçada selvagem - Fragmentado e até sem sede, o Pacto das Sombras precisa se reerguer.
A batalha por Blüdhaven - O Capitão Átomo está perto demais de entrar em massa crítica e acaba vestindo uma armadura de contenção. Mas isso não impede de a batalha destruir Blüdhaven,
Roendo a corda - A luta final do Sexteto Secreto com Vandal Savage.
Positivo/Negativo: Em seu sexto número, Universo DC dá adeus a duas das séries que ocupam suas páginas: Sexteto Secreto e A batalha por Blüdhaven. E, é bom que se diga, já vão tarde.
As duas são filhas do boom de HQs de super-heróis nas bancas brasileiras, movimento que trouxe para o país não só os títulos mais interessantes das editoras norte-americanas, mas também algumas das revistas mais medonhas disponíveis nas comic shops de lá.
Sexteto Secreto é a seqüência direta da minissérie Vilões Unidos, que já não era grande coisa. Mas virou enrolação. O desfecho é exatamente como tudo que o antecedeu: confuso, com narrativa truncada e diálogos paupérrimos. Não consegue surpreender - até porque não é relevante o suficiente para prender a atenção.
A batalha por Blüdhaven também chegou ao último número como uma série medonha, principalmente porque a certa altura não se sabia mais do que a trama falava. Mas, por incrível que pareça, a história melhorou nesta edição, justamente nos momentos em que conseguiu se focar em um único herói, o Capitão Átomo.
Ao menos dá para entender o que está se passando - principalmente para quem cumpriu o pré-requisito exigido, que é a leitura da minissérie Armageddon 2001, publicada pela Abril no começo dos anos 90. Ok, é dose pra leão, mas o que se pode fazer a não ser lamentar?
Um ponto curioso da história, por sinal, é a coleção de pontos em comum com a trama da minissérie Guerra Civil, da Marvel. Nas duas, uma cidade devastada por uma explosão causada por superseres faz com que o governo tome atitudes de repressão aos encapados.
A diferença daqui para a série de Mark Millar e Steve McNiven é a relevância que os editores dão para a trama. Lá, as conseqüências são sérias e criam uma ruptura no Universo Marvel. Aqui, mal faz cócegas.
Com dois refugos a menos, Universo DC pode ter melhor sorte daqui para frente. Afinal, fica com o seu melhor material.
O Pacto das Sombras não é grande coisa nem o melhor que Willingham tem a oferecer, mas ao menos é uma série honesta e divertida, que vem crescendo aos poucos e sem muito alarde.
Mas a melhor série ainda é Xeque-Mate. Mesmo numa edição como esta, em que Rucka divide o roteiro e em que o artista titular Jesus Saiz é substituído pelo curinga Cliff Richards, ainda se sustenta por especular como a ONU e a geopolítica global lidariam com seres superpoderosos.
Na seção de cartas, o editor Paulo França diz que alguns leitores consideram que o título é o carro-chefe da publicação. É pura modéstia. A verdade é que Xeque-Mate leva Universo DC nas costas há seis meses. Tomara que as mudanças de mix tragam séries mais promissoras para a revista.
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