UNIVERSO MARVEL # 16
Título: UNIVERSO MARVEL # 16 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Grandes Encontros Marvel - Robert Kirkman (roteiro) e Scott Kolins (desenhos);
Quarteto Fantástico - Dinastia M - John Layman (roteiro) e Scott Eaton (desenhos);
Novos Thunderbolts - Fabian Nicieza, Kurt Busiek (roteiro), Bill Sienkiewicz e Tom Grummett (desenhos);
Hulk - Peter David (roteiro) e Lee Weeks (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Outubro de 2006
Sinopse: Grandes Encontros Marvel - Os vários heróis que apareceram até agora se reúnem para acabar com o Mestre do Picadeiro.
Quarteto Fantástico - Dinastia M - A origem dos fantásticos poderes de Von Doom e seu grupo.
Novos Thunderbolts - Uma retrospectiva da nova versão do grupo sob os olhos da mídia.
Hulk - O vilão por trás dos acontecimentos da ilha é revelado na conclusão de A Tempestade.
Positivo/Negativo: Universo Marvel é uma revista que, de vez em quando, fica boa. Esta edição não é o caso. A única história que se salva é Grandes Encontros Marvel e, ainda assim, não é grande coisa, apenas divertida.
Talvez seja isso que atraia no trabalho de Kirkman. Ele faz tramas amplas, inteligentes, mas sem serem complexas, como nesta edição. O arco é fechado com todos os heróis que viram a explosão da primeira história se reunindo para pegar o Mestre do Picadeiro.
Outro destaque no trabalho do escritor é a busca pelo inusitado e o bom humor. Por exemplo, a forma como o Justiceiro derrota o Mestre do Picadeiro, dando um tiro que lhe arranca o dedo com o anel cósmico, é simples, mas diferente. A arte também ajuda bastante o clima e a velocidade da aventura.
Quarteto Fantástico - Dinastia M é uma perda de tempo. Nesta edição, o leitor descobre que o Quarteto de Richards nunca existiu e que o único sobrevivente da viagem fracassada deles ao espaço, Ben Grimm, se tornou mascote de Destino.
De resto, é mostrado um plano de Destino para derrotar Magneto. O problema é que todo mundo sabe que não vai dar certo, pois esse evento nem é citado na minissérie principal, não influencia em nada o seu curso. Pelo menos a arte é razoável, não tornando a história um desperdício total.
Em Novos Thunderbolts nada se salva. Está ruim em todos os sentidos. Não há trama, apenas uma recapitulação dos últimos acontecimentos, que são chatos. A arte é péssima. Aparentemente, o editor precisava terminar a história rápido e juntou desenhistas com estilos díspares e fez uma revista Frankenstein.
Tom Grummett faz painéis com seu traço tradicional e redondinho, enquanto Bill Sienkiewicz retrata a história entre esses painéis com um desenho sujo, anguloso e muitas vezes difícil de compreender. A revista realmente vai muito mal.
E você já leu uma história tentando descobrir quem é o vilão ou ao menos entender o que se passa? Então, não faça isso com Hulk, pois não compreenderá nada. O Gigante Esmeralda literalmente chacoalha o inimigo e ele vai mudando de identidade até aparecer um dos vilões mais obscuros da Marvel como suposto responsável.
Vale uma ênfase no suposto, porque o próprio vilão fala que não dá para saber o que é verdade ou ilusão. Para que acompanhar a história, então? Já que a qualquer momento o autor pode recorrer a esse inimigo e dizer que esta ou aquela parte eram apenas fantasia...
É um coringa perfeito para o roteirista, mas uma sacanagem com o leitor. Ao menos a arte compensa.
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