UNIVERSO MARVEL # 19
Título: UNIVERSO MARVEL # 19 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Quarteto Fantástico - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike McKone (desenhos);
Novos Thunderbolts - Fabian Nicieza (roteiro) e Tom Grumett (desenhos);
Hulk - Peter David (roteiro) e Adam Kubert (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Fevereiro de 2007
Sinopse: Quarteto Fantástico - Enquanto o Coisa aproveita sua recém-descoberta fortuna, Reed toma uma importante decisão, que pode transformá-lo novamente em fugitivo. E, sem que ele saiba, uma nova crise ameaça separá-lo para sempre de seus filhos.
Novos Thunderbolts - O grupo terá que enfrentar o Homem-Púrpura, que decidiu que eles são ótimos brinquedos para os seus jogos mentais.
Hulk - Banner acorda na Austrália na cama com uma cientista da IMA, mas eles não sabem como chegaram lá.
Positivo/Negativo: Straczynski está fazendo um excelente trabalho em Quarteto Fantástico. Essa nova fase é um bom ponto de partida para novos leitores e para quem ficou afastado por algum tempo, além de agradar os fãs fiéis. Até o momento, o autor respeitou a essência dos personagens e os trabalhou bem, sem ter que forçar situações.
Como centro da série, ele está seguindo uma linha que lembra bastante o que fez no seu começo em Homem-Aranha, ligando a origem do personagem com certos elementos místicos. Para o Quarteto, o autor buscou algo mais cosmológico, se apoiando, inclusive, em teorias de astronomia, como o trabalho de Carl Sagan (astrônomo, pesquisador e escritor de livros como Contato, que foi adaptado para o cinema).
A idéia de que a origem do Quarteto está ligada a alguma mensagem alienígena não só parece interessante, como é condizente às aventuras em que o grupo sempre esteve envolvido. Além disso, Straczynski tem mantido o humor da série e um drama familiar mostrando o risco de Sue e Reed perderem a guarda de seus filhos.
Vale lembrar que o Quarteto é, antes de tudo, uma família e mexer com essa faceta da equipe é sempre pertinente.
O desenho de Mike McKone deixa um pouco a desejar. É um traço comum e, em alguns momentos, o visual é um tanto artificial. No geral, não prejudica a história, mas também não agrega grande valor a ela.
Novos Thunderbolts tem uma história bem confusa. Por ter ação do começo ao fim pode até agradar alguns leitores, mas é algo sem muito propósito.
Em Hulk, Peter David faz uma transição interessante dos eventos da Dinastia M para a continuação da sua trama. A idéia de deixar os personagens onde estavam - mas sem as memórias - funcionou em vários sentidos, principalmente para dar início a um novo arco do personagem.
Não é claro ainda como David usará esta história envolvendo os aborígines australianos, mas ficou algo bem fechado, e não uma simples mudança brusca de realidade.
O trabalho de Adam Kubert dá um bom impulso na revista. Apesar do traço mais comum, sua narrativa visual é extremamente refinada. Ele sabe fazer os closes certos, usar os melhores enfoques e dar a intensidade necessária para cada cena.
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