Autores: Quarteto Fantástico - J. Michael Straczynski (roteiro) e Mike McKone (desenhos);

Novos Thunderbolts - Fabian Nicieza (roteiro) e Tom Grumett (desenhos);

Hulk - Greg Pak (roteiro) e Aaron Lopresti (desenhos).

Preço: R$ 6,90

Número de páginas: 96

Data de lançamento: Novembro de 2007

Sinopse: Quarteto Fantástico - Ben Grimm decidiu sair do país para não se envolver mais na Guerra Civil. Mas, chegando na França, ele vai descobrir que todo lugar precisa de heróis.

Novos Thunderbolts - O grupo de Zemo enfrenta o Esquadrão Sinistro, enquanto ele e o Grão-Mestre disputam o lance final da batalha pela Fonte Universal.

Hulk - Após lutar para pela honra dos sobreviventes de sua colméia, Miek sofrerá uma grande mudança. Depois de discutir com seu grupo, Hulk aceita liderá-lo na guerra, mas, antes, terá que vencer a Sombra do Imperador.

Positivo/Negativo: Depois de uma história bem capenga na edição passada, Quarteto Fantástico traz uma das melhores aventuras ligadas à Guerra Civil. Centrada exclusivamente no Coisa, Muitas coisas chatas, nenhuma delas francesa é uma divertidíssima metáfora sobre o que está em jogo nesse mega-evento.

Muito além das pancadarias e do fetiche do leitor de ver os heróis se enfrentando, a Marvel está apresentando uma discussão sobre que tipo de heróis e realidade se pode ter nos quadrinhos.

Como fica claro, de um lado estão os quadrinhos "realistas", o que gera um mundo em que os heróis precisam ser registrados, como aconteceu com o Coisa: agentes do governo o chantageiam com questões legais. Do outro, estão os heróis tradicionais, de capa e máscara, amados pelo povo e com inimigos quase patéticos, como o grupo francês a que Ben se junta.

É interessante que, de certa forma, Straczynski deu a visão mais imparcial que se poderia ter nesse conflito. Ninguém quer que o seu herói não possa combater o crime porque tem que terminar a declaração de Imposto de Renda. Contudo, a visão mais tradicional é inocente demais para os dias de hoje, para os leitores dessa geração.

O roteirista pode não ter apresentado a solução, mas, de uma forma muito simples e categórica, apresentou bem o problema dos quadrinhos de super-heróis hoje.

Com uma história tão boa, o restante da revista nem importa tanto, até porque é praticamente tomado por pancadaria. Em Novos Thunderbolts, a Guerra Civil é deixada de lado para o esperado, mas nada empolgante, confronto final entre Zemo, o Grão-Mestre e os peões que cada um deles agremiou.

Enquanto o Hulk continua em uma imitação dos filmes de guerrilha, com a única diferença de que, nenhum dos personagens percebeu, mas, não importa o lado que o Hulk está, ele vai causar uma grande destruição.

Pelo menos em Hulk os desenhos de Aaron Lopresti compõem bons cenários alienígenas e, o final dessa parte da história deixa aquela promessa de uma verdadeira apoteótica batalha no número seguinte.