UNIVERSO MARVEL # 3
Título: UNIVERSO MARVEL # 3 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Quarteto Fantástico - Mark Waid (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
Hulk - Bruce Jones (roteiro) e Dougie Braithwaite (desenhos);
Thanos - Jim Starlin (roteiro e desenhos);
Vingadores/ Thunderbolts - Kurt Busiek e Fabian Nicieza (roteiro) e Tom Grummett (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Setembro de 2005
Sinopse: Quarteto Fantástico - Algo na Terra impede Ben Grimm de entrar no Paraíso. O Quarteto Fantástico precisa descobrir isso para garantir o destino do Coisa. Ao final, um encontro com "Deus".
Hulk - Bruce Banner reencontra Betty Ross. Mas este não é o único retorno desta edição. O clone de Banner criado pela Base também volta de uma forma assustadora.
Thanos - Galactus está diante de Rigel-18, que Thanos jurou proteger. Mas o Devorador de Mundos não pretende consumir o planeta. O titã usará todos os seus poderes para desafiar a entidade e cumprir sua promessa.
Vingadores vs. Thunderbolts - Infiltrado na equipe dos Thunderbolts, Tony Stark procura descobrir quais são os planos de Helmut Zemo. Mas e se não houver nenhum plano maligno para deter? Está é a pergunta que o Homem de Ferro fará até o momento crítico do triunfo de Zemo.
Positivo/Negativo: Mark Waid criou um ótimo desfecho para o resgate
do Coisa. Invertendo a expectativa do final da edição
passada, o roteirista abordou os laços de amizade entre Ben e Reed
sem ser repetitivo ou piegas.
Mas o destaque fica para o encontro do Quarteto com Deus, visto sob a forma do "Rei" Jack Kirby. Mesmo sem ser um grande exercício de criatividade metalingüística, a homenagem é mais do que válida. Pena que Mike Wieringo não se esforçou em retratar fielmente a arte de Kirby nos desenhos vistos em sua prancheta.
Jim Starlin tem demonstrado respeito pelos leitores pouco familiaridades com as sagas cósmicas da Marvel. Desta vez, é o Devorador de Mundos que tem sua origem apresentada nas páginas de Thanos. Fora isso, o conflito entre os dois seres superpoderosos, mesmo em um estágio mais estratégico, é cativante.
A pergunta que fica é sobre o "olhar sinistro e misterioso" que parece observar todos os eventos e conduzir a narrativa como se já esperasse por esse confronto. Depois de aparecer bem discretamente ao longo de duas edições, ao final da terceira sua presença parece saltar para o primeiro plano, sugerindo que deve se tratar alguém de muita importância para estes acontecimentos.
Bruce Jones se enrola cada vez mais no "quadrado amoroso" formado por Banner, Betty Ross, Samson e Nadia. Com os ânimos pouco constantes de todos eles, de uma cena para outra os personagens mudam de atitude e não cumprem o que afirmavam tão enfaticamente poucas páginas antes.
Por sua vez, o clone-zumbi de Banner carrega o descrédito de ser mais um entre tantos seres forjados para derrotar o Hulk. Sem o equilíbrio saudável entre ação e suspense, está história é apenas mais uma entre as piores.
Em Vingadores/ Thunderbolts, o mesmo problema com os recordatórios do mês passado afeta a continuidade da série. Mais uma vez, não há sinais claros de quem está narrando a história e a tendência natural é pensar que se trata da mesma pessoa da outra edição - Tony Stark disfarçado com o Homem de Cobalto.
Se a inversão em si tivesse algum propósito para a narrativa, valeria a pena, mas seu único efeito é criar confusão num bom enredo.
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