UNIVERSO MARVEL # 7
Título: UNIVERSO MARVEL # 7 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Grandes Encontros Marvel - Robert Kirkman (roteiro) e Scott Kolins (desenhos);
Quarteto Fantástico - Mark Waid (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
Hulk - Bruce Jones (roteiro) e Mike Deodato Jr. (desenhos).
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Janeiro de 2006
Sinopse: Grandes Encontros Marvel - A estréia da nova série da Marvel. Tentando ajudar um garoto mutante do colégio onde trabalha, o Homem-Aranha bate de frente com Wolverine.
Quarteto Fantástico - Em um dos momentos mais difíceis do Universo Marvel, quando não há mais Vingadores, a única equipe com que Nova York pode contar diante de uma invasão alienígena é o Quarteto Fantástico.
Hulk - Duas histórias. Depois de deixar seus companheiros para livrá-los das ameaças intermináveis da Conspiração, Bruce Banner vaga pelo país e encontra um misterioso personagem que prevê o futuro.
Em seguida, tem início a colaboração do Dr. Banner com Tony Stark, no projeto de uma armadura resistente à radiação gama. Mas há muito mais por trás deste projeto e a vida pessoal de Stark mais uma vez se mistura com a do Homem de Ferro após a morte de uma pesquisadora, levando Banner e o Hulk para o meio da confusão.
Positivo/Negativo: O resgate de um dos títulos mais queridos dos leitores norte-americanos (e alguns brasileiros) começa de forma animadora. Grandes Encontros Marvel promete trazer HQs sobretudo divertidas e despretensiosas, o que, ironicamente, virou artigo raro no mercado.
Para esta empreitada, ninguém menos indicado do que Robert Kirkman, aclamado criador do herói adolescente Invencível. Uma mera olhada neste material já faz pensar que o roteirista seria indicado para resgatar o lado juvenil do Aranha do Universo Marvel tradicional. E ele consegue superar o desafio.
Assim como faz em Invencível, Kirkman ironiza uma série de clichês do gênero de super-heróis e faz com que o garoto descubra logo de cara que o Escalador de Paredes é o professor Parker.
Invariavelmente, para chamar atenção para a revista, o convidado não poderia ser outro se não Wolverine.
O Quarteto de Mark Waid também melhora com a observação de que Manhattan não tem outra superequipe no momento e tem de lidar com sua resistência a Reed Richards e os outros. O melhor momento é quando uma multidão desesperada entende mal as palavras de Johnny Storm de que o Quarteto iria "atacar o problema" e todos pensam que o grupo era responsável pela ameaça.
Mas a surpresa deste mês é a edição de interlúdio do Hulk. Uma história com um outro tipo de suspense, sem relação direta com toda a confusão da Conspiração, na qual Bruce Banner caminha no fio da navalha para manter-se longe de encrenca. Tudo com um final poético.
Esta história é especial também porque foi toda colorida pelo brasileiro Hermes Tadeu, artista que vinha realizando esse trabalho nas capas da revista e foi assassinado num assalto em dezembro de 2003, na Praia Grande, litoral de São Paulo. Fica clara a qualidade do seu trabalho em contraste com as cores do Studio F, responsável pelas páginas seguintes.
A outra história, com a participação do Homem de Ferro não é tão boa, mas promete melhorar. Bruce Jones deixa um monte de mistérios para serem revelados que confundem um pouco a leitura, falando de coisas que ainda não foram mostradas ou explicadas.
Além disso, nesta primeira parte os personagens cumprem o protocolo dos crossovers, saindo no tapa sem motivo nenhum, mas em seguida a trama segue seu curso normal.
Em geral, há uma melhora significativa da revista, que faz com que valha a pena seu preço de capa. Fica a expectativa de que esta qualidade se mantenha, principalmente para o Hulk e o Quarteto, que tem suas únicas séries principais neste título.
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