UNIVERSO MARVEL # 9
Título: UNIVERSO MARVEL # 9 (Panini
Comics) - Revista mensal
Autores: Grandes Encontros Marvel - Robert Kirkman (roteiro) e Scott Kolins (desenhos);
Quarteto Fantástico - Mark Waid (roteiro) e Mike Wieringo (desenhos);
Hulk - Bruce Jones (roteiro) e Doug Braithwaite (desenhos da primeira história) e Darick Robertson.
Preço: R$ 6,90
Número de páginas: 96
Data de lançamento: Abril de 2006
Sinopse: Grandes Encontros Marvel - O Doutor Destino ressurge misteriosamente, levando o Quarteto Fantástico a unir suas forças com o Doutor Estranho. Longe dali, Paul Patterson se vê diante do Hulk.
Quarteto Fantástico - Reed Richards tenta uma última cartada para salvar Sue e toda a população de Manhattan.
Hulk - Um novo confronto entre o Golias Esmeralda e Homem de Ferro. E ainda: Banner terá que se unir ao Líder para evitar que o mundo seja destruído, mas as coisas podem não ser como ele está enxergando.
Positivo/Negativo: A trama de Grandes Encontros Marvel se expande cada vez mais. Jogando com pequenos detalhes, aparentemente aleatórios, Kirkman está montando um grande evento que relacionará todos os heróis, mas não necessariamente colocando todos numa mesma sala combatendo um inimigo, e sim desenvolvendo pequenos encontros relacionados a pequenos eventos.
Outra grande sacada é resgatar aquela idéia de Stan Lee de que a maioria dos heróis está em Nova York, então, eventualmente, vão trombar uns nos outros. Isso é evidente não só na trama principal, mas nas pequenas aparições de uniformizados que estão lá praticamente para compor o cenário, como o Cavaleiro da Lua nesta edição.
Kollins é um excelente desenhista de ação. Tem um estilo bem peculiar, facilmente reconhecido. Traços finos, consistentes e econômicos, tinha tudo para fazer uma arte limpa, mas parece que perde um certo tempo desarranjando-a cuidadosamente.
Percebe-se que depois do contorno principal da cena, ele vai cobrindo de pontos, traços pequenos e irregulares que dão volume, sombreamento e textura sem ter de recorrer às carregadas hachuras.
Apesar de o seu traço ser muito bom, Kollins não se preocupa tanto em retratar tradicionalmente os personagens - especialmente suas feições. Certamente todos são reconhecíveis, mas isso é por causa de suas peculiaridades como uniforme, porte físico ou o bigodinho no caso de Stark.
Em Quarteto Fantástico há alguns bons conceitos ao lado de soluções forçadas. A idéia do sistema de ocultamento de planetas foi legal, mas a solução da troca de poderes foi a típica apelação de roteirista para levar a história a um ponto que ele gostaria de trabalhar.
Pense no seguinte: uma raça alienígena que tem tecnologia para enganar Galactus e conseguiu rastrear o poder da Mulher Invisível dos confins do universo não tem sensores suficientes para perceber que tem outro sujeito com os poderes transferidos, no caso do Johnny, que está dentro de sua própria nave?
Tirando essa solução frágil, a conclusão foi excelente. A seqüência em que a nave começa a decolar e a mão de Galactus aparece e a destrói está fantástica, inclusive muito bem desenhada.
A conclusão da história do Hulk com o Homem de Ferro foi razoável, quase totalmente concentrada na luta dos dois e em cenas de impacto, para alegria dos fãs que sentem falta do gigante verde esmagando alguém.
No decorrer do quebra-pau, Jones revela os últimos segredos envolvendo o primeiro teste que matou a jovem cientista que trabalhava com Stark.
Apesar da mudança do desenhista, a arte ficou boa. Braithwaite imitou bem o estilo que vinha sendo usado, não promovendo nenhuma alteração radical no visual.
A segunda história é mais interessante. Aparentemente, Banner foi convencido pelo Líder de que o mundo foi destruído e ele teria que voltar no tempo para impedir uma seqüência de eventos desencadeada pela bomba gama que criou o Hulk.
Ao mesmo tempo, Sameson, Betty e Nadia tentam parar o Hulk e entender por que ele está destruindo tudo em seu caminho.
Essa história foi um meio-termo interessante entre o estilo misterioso que tem permeado toda a fase de Jones e boas seqüências de ação, algo que ele geralmente separa em histórias diferentes.
A entrada de Darick Robertson não mudou tanto o visual. Seu traço não está tão pessoal quanto em Wolverine, optando por apenas dar continuidade ao trabalho que vinha sendo feito na revista e mantendo o clima sinistro das histórias.
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