Esta versão alternativa dos eventos finais transcorridos no longa-metragem Episódio IV: Uma Nova Esperança traça as consequências advindas do fracasso supracitado. O plot se mostra interessante e dá ampla margem para elaboração de um roteiro no mesmo nível, mas o resultado é apenas um conto descompromissado sem Grandes intenções, a não ser entreter.

Baseada no selo What If...? (O que aconteceria se...?, no Brasil), da Marvel, no qual eventos marcantes de determinadas sagas são revistos, originando novos rumos para a história oficial, a HQ em análise brinca com alguns conceitos originais da epopeia de George Lucas que se revelam, no mínimo, curiosos.

Aqui, a Aliança Rebelde fracassou em sua missão de destruir a Estrela da Morte, resultando numa impiedosa ofensiva imperial que põe a termo quaisquer novas insurgências contra a tirania reinante. Luke Skywalker e Han Solo escapam do contra-ataque e seguem para o sistema Dagobah, enquanto a princesa Leia Organa torna-se refém do Imperador e de seu braço-direito, Darth Vader.

Sem novas revoltas contra suas fundações, o império não só mantém sua poderosa mão de ferro, como a consolida de vez em todas as extensões da galáxia. Darth Vader se mostra interessado no potencial de Leia em, futuramente, servir ao Império. Enquanto isso, Luke tenta completar seu treino jedi com o mestre Yoda.

Focando nesses novos destinos dos personagens clássicos, são mostradas situações inusitadas, como a Millenium Falcon e seus tripulantes no planeta de Dagobah, interagindo com Yoda; Leia em Coruscant, no antigo templo da ordem jedi, confrontando Vader; e Luke se estranhando com Han, chegando até a empunhar seu sabre de luz contra seu amigo contrabandista.

Um ponto notável é a intenção do roteirista Chris Warner em não querer se prolongar demais nesta "releitura", apesar da ampla liberdade para tal, talvez tentando não se distanciar muito em termos de características e personalidades marcantes dos personagens.

Prova disso é a rapidez com a qual os eventos transcorrem, gerando alguns mal-elaborados saltos temporais numa simples virada de página. De resto, é uma leitura mediana, nada mais.

Os melhores momentos ficaram mesmo para o número seguinte, que encerrou essa tentativa da extinta Pandora Books de emplacar efetivamente um título regular de Star Wars.