VAGABOND # 26
Título: VAGABOND # 26 (Conrad Editora) - Revista mensal
Autores: Takehiko Inoue (roteiro e desenhos).
Preço: R$ 6,30
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Janeiro de 2004
Sinopse: Chega ao fim o duelo contra Tsuchikaze Kouhei, agora chamado de Shishido Baiken. Mas o resultado está longe de deixar Musashi orgulhoso, ainda mais pela intromissão de um homem mascarado (Matahachi, seu amigo de infância), que resolve atrapalhar tudo.
Enquanto rumina as conseqüências da luta, Baiken revela o nome do homem que fez a profunda cicatriz em seu rosto. Ninguém menos que o verdadeiro Sasaki Kojiro, o espadachim destinado a ser o maior rival de Miyamoto Musashi.
Para encerrar o volume, um flash-back sobre o passado de Kouhei revela por que ele queria matar o próprio irmão. Um prazer que lhe foi roubado por Takezo (Musashi, quando adolescente).
Positivo/Negativo: Vagabond tem se mantido, na opinião dos leitores e da mídia, como o melhor mangá sendo publicado no Brasil. A afirmativa não deixa de ser um tanto empolgada, já que existe muita coisa boa nas bancas atualmente.
Na verdade, uma parcela do público sempre esteve carente de histórias de samurais, desde que Lobo Solitário foi cancelado há mais de cinco anos. São fãs que praticamente ignoraram tudo o que apareceu na década de 1990, quando os Cavaleiros do Zodíaco dominavam a telinha. E que, graças a Takehiko Inoue, voltaram aos quadrinhos japoneses atraídos pelo som das espadas.
E não de qualquer espada. Afinal, trata-se de uma lenda real. Miyamoto Musashi foi o mais famoso samurai do Japão, sua vida já foi romanceada diversas vezes no cinema, teatro e literatura. Desta última, a obra que mais se destaca é Musashi, de Eiji Yoshikawa (publicado no Brasil em dois volumes, pela Editora Estação Liberdade). É deste famoso livro que Inoue cria sua versão do mito.
Em termos de adaptação, Vagabond não consegue reproduzir as diversas subtramas do romance, que se ramificam conforme o personagem principal segue seu caminho. Por isso, forçosamente, muitas coisas são postas de lado, enquanto outras sofrem mudanças radicais.
O autor, sabendo disso, escolheu dar preferência aos duelos de Musashi (poucos, considerando as 1800 páginas que Yoshikawa escreveu). O resultado é bastante ação e pouco papo, com combates plasticamente irrepreensíveis. Violento às vezes, mas até poético em outras, este mangá agrada em cheio quem gosta de artes marciais com conteúdo.
O ponto negativo da edição fica para a mancada editorial na seção O Caminho da Espada, na qual a mesma carta, com sua respectiva resposta, foi reproduzida três vezes. Evidentemente, foi para "marcar o espaço"; o problema é que parece que ninguém leu a página antes de ir pra gráfica.
Classificação: