VAGABOND # 32
Autores: Takehiko Inoue (roteiro e arte).
Preço: R$ 6,30
Número de páginas: 112
Data de lançamento: Julho de 2004
Sinopse: Kojiro, futuro grande inimigo de Musashi, vai até a praia para treinar. Lá, cruza com cinco samurais, todos à procura de Ittosai, ex-aluno do mestre Kanemaki, para um duelo.
E Ittosai, também no local, analisa a situação e decide chamar todos para uma contenda - deveriam lutar entrei si, e o vencedor teria o direito de enfrentá-lo.
Ao mesmo tempo, provoca o jovem Kojiro, que não resiste e entra para valer no mundo da vida e morte proporcionados pelo caminho da espada.
A edição traz ainda textos sobre um torneio de samurais e breves histórias de Itô Ittosai e Sasaki Kojiro, além da seção de cartas.
Positivo/Negativo: Mais uma bela edição na adaptação em forma de mangá da saga de Musashi. O responsável, Takehiko Inoue, continua mostrando um infinito número de possibilidades criativas para contar e, mais que isso, criar rumos novos de uma saga já conhecida por muitos.
E o fato é que, como (bem) poucos artistas que cuidam simultaneamente de arte e roteiro, ele tem a sensibilidade que uma boa história em quadrinhos pede, de colocar com mestria a arte em função do texto, e vice-versa.
Uma prova? A cena em que Ittosai narra como devem ser os sentimentos interiores de Kojiro, enquanto este começa a suar, observando seus possíveis adversários com o canto dos olhos. É uma das mostras desta junção.
Outro momento da trama que chama atenção: como fosse uma narrativa em forma de texto, simplesmente em determinado momento o ponto de vista da arte na história muda de terceira para primeira pessoa, e o leitor passa a duelar junto com Kojiro, enxergando as cenas pelos olhos do protagonista.
Todos estes detalhes fazem com que Vagabond não seja, ou de preferência que não deva ser, uma revista para leitura rápida. O que vale mesmo é apreciar os detalhes.
Detalhes estes trazidos principalmente pelo estilo realista do autor, sem os famosos "olhos grandes" que caracterizam a maioria dos mangas, o que causa mais impacto e realismo na trajetória da vida de Musashi e adversários. E haja impacto!
Nesta história em especial, as expressões faciais dizem tudo, enquanto Takehiko Inoue utiliza técnicas diversas de desenho. Portanto, se algum espadachim olhar para você como Ittosai faz, ou se cruzar algum maluco com o sorriso diabólico de Kojiro enquanto mata, siga o conselho do autor desta resenha: fuja!
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