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VALLAT - UMA INVESTIGAÇÃO DADAÍSTA

1 dezembro 2007


Título: VALLAT - UMA INVESTIGAÇÃO DADAÍSTA (Conrad
Editora
) - Edição especial

Autores: Reto Gloor e Bruno Moser (texto) e Massimo Milano (arte).

Preço: R$ 39,00

Número de páginas: 256

Data de lançamento: Janeiro de 2007

Sinopse: Em 1916, o detetive frustrado Vallat é escalado para se infiltrar em um grupo radical considerado esquisito e suspeito pela polícia de Zurique. Para a missão, assume a identidade falsa de Armand Desbordes.

De repente, Vallat é dado como morto - e o detetive precisa viver uma vida fictícia em um mundo que não é o seu.

Positivo/Negativo: Quando o leitor pega Vallat nas mãos, vê uma capa belíssima e instigante e um subtítulo profundamente atraente: Uma investigação dadaísta. Se começa a fuçar, percebe que se trata de uma HQ policial situada em um cenário muito interessante: a Suíça de 1916, uma ilha pacífica isolada da Guerra Mundial que devasta o resto da Europa - mas ainda assim agitada com anarquistas, milionários refugiados e artistas de vanguarda.

O protagonista é um detetive instigante que, ainda por cima, sofre uma perturbadora reviravolta em sua vida. A própria obra, que vem da Suíça, tem um cheiro sedutor de novidade.

E ainda é uma edição bem cuidada da Conrad, com prefácio e posfácio que ajudam a situar o leitor - e o próprio selo da editora, que costuma manter um padrão de qualidade acima da média.

Ou seja, antes de começar a leitura, Vallat tem tudo para ser uma excelente HQ policial.

Mas o melhor seria não criar grandes expectativas. Afinal, a graphic novel não é nenhuma obra-prima. Trata-se apenas de uma HQ correta, com um enredo interessante e uma arte bem resolvida. E que fica devendo em muitos pontos.

O roteiro, por exemplo, não dá conta de nenhum mergulho profundo em águas dadaístas - e também não explora lá grandes coisas do cenário suíço. A arte, na maior parte do tempo, só tem um quadrinho por página, o que compromete o ritmo da narrativa.

Entre suas qualidades e seus defeitos, Vallat se salva por arejar mais um pouco a prateleira das livrarias e os olhos cansados dos leitores acostumados a encontrar aquelas novidades do tipo "mais do mesmo". Mas está longe de ser um trabalho brilhante e indispensável.

Classificação:

4,0

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