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VERTIGO # 10

1 dezembro 2010

VERTIGO # 10

Editora: Panini Comics - Revista mensal

Vampiro americano (American Vampire # 1) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);

Sangue ruim(American Vampire # 1) - Stephen King (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);

O curinga (Hellblazer # 184) - Mike Carey (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Loughridge (cores);

Lindisfarne (Northlanders # 10) - Brian Wood (roteiro), Dean Ormston (arte e cores);

História de amor para falecidos (House of mystery # 6) - Matthew Sturges (roteiro), Tony Akins e Luca Rossi (desenhos), Andrew Pepoy (arte-final) e Alex Wald e Lee Loughridge (cores);

Minha ambição como viajante (Scalped # 10) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Setembro de 2010

 

Sinopse

Vampiro americano - Na Hollywood da década de 1920, as amigas Pearl e Hattie tentam a vida como atrizes. Mas muitas coisas estranhas começam a acontecer.

Sangue ruim - Um prisioneiro é levado de trem pela polícia. Mas as coisas nunca são simples assim.

O curinga - Constantine vai até a floresta amazônica conversar com o Monstro do Pântano e participa de um jogo de cartas muito estranho.

Lindisfarne - Os Vikings chegaram a Lindisfarne.

História de amor para falecidos - O passado da pirata Ann é revelado. No presente, os atendentes do bar tentam fugir da casa dos mistérios.

Minha ambição como viajante - O jovem Urso pobre só pensa em ir embora da reserva onde mora.

Positivo/Negativo

Esta edição conta com a estreia da série Vampiro americano, com roteiro
do pouco conhecido Scott Snyder e com a ajuda do renomado mestre do suspense,
Stephen King.

E não há dúvidas de que a saída de Lugar nenhum e a chegada de Vampiro americano fez bem ao mix.

O projeto da revista é de terror. Mesclado com western por um lado e misturado com drama vintage por outro. Tudo isso na arte competente do brasileiro Rafael Albuquerque.

Apesar de estarmos vivendo um daqueles ciclos da indústria cultural, no qual vampiros estampam até lancheiras infantis, Vampiro americano funciona. E faz bom uso da onda impulsionada pelo sucesso dos sugadores de sangue adolescentes temperados à ideologia mórmon de Stephenie Meyer - autora da série de livros Crepúsculo.

Mas a proposta da série da Vertigo é de terror e suspense, sem romances juvenis. Ela é anunciada como um título sobre vampiros do jeito que você nunca viu, o que é um exagero. Na verdade, a HQ só os mostra de um jeito que se está desacostumando a ver, graças à banalização do uso dos monstros dentuços.

Não há dúvidas: a estreia é boa, desde que alocada em seu devido lugar: histórias clássicas de vampiros, só mudando o cenário.

Mudança de cenário também acontece em Hellblazer, no qual o urbano personagem John Constantine é jogado na floresta amazônica. A trama criada por Mike Carey é muito boa, com uma bela sacada. A arte de Marcelo Frusin exibe a competência habitual.

Competência também mostrada por Brian Wood, ao entregar uma história curta e eficiente em Vikings, embora o comportamento do personagem infantil seja bastante inverossímil. A arte de Dean Ormston é bonita e cria belos painéis de batalha épica.

E batalhas também estão presentes na narrativa sobre o passado de Ann Preston, uma verdadeira história de amor, traição e pirataria. Em vez de um narrador, a trama é contada em flashback. Aqui, o leitor percebe o nível aumentar.

E aumenta ainda mais em Escalpo. O roteiro muito competente de Jason Aaron entrega ao leitor não apenas a tradicional história ultrarrealista e violenta costumeira, mas uma trama de desilusão e sonhos adolescentes.

A arte de R. M. Guéra novamente faz bem a sua parte e os personagens continuam a ganhar em profundidade.

A Panini assume seu erro da troca de expedientes da edição anterior e avisa que, por conta de Vampiro americano ser uma revista com mais páginas, não será possível reproduzir todas as capas no interior de Vertigo. Ótima atitude de manter o leitor informado sobre esse tipo de ausência.

Classificação:

4,0

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