VERTIGO # 13
Editora: Panini - Revista mensal
Dupla exposição (American Vampire # 4) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);
Uma gota de sangue (American Vampire # 4) - Stephen King (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);
Entranhado nos ossos (Hellblazer # 187) - Mike Carey (roteiro), Doug Alexander Gregory (arte) e Lee Loughridge (cores);
Sobre o vasto e verde mar (Northlanders # 13) - Brian Wood (roteiro), Ryan Kelly (arte) e David McCaig (cores);
O que você não vê (House of mystery # 9) - Matthew Sturges e Bill Willingham (roteiro), Luca Rossi e Bernie Wrightson (desenhos), José Marzan Jr. e Bernie Wrightson (arte-final) e Lee Loughridge (cores);
Mães mortas (Scalped # 13) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Dezembro de 2010
Sinopse
Dupla exposição - Pearl descobre que não se pode confiar em ninguém em Hollywood.
Uma gota de sangue - A caçada a Skinner Sweet continua. Mas uma única gota de sangue pode mudar as coisas.
Entranhado nos ossos - O passado de John Constantine volta para assombrar Gemma Constantine.
Sobre o vasto e verde mar - Ragnar e Magnus frente a frente.
O que você não vê - A tentativa de fuga da casa dos mistérios continua, mas o porão é realmente apavorante. E Cressida lembra seus difíceis relacionamentos com os homens.
Mães mortas - Gina Cavalo Ruim está morta. Mas Dashiell não é o único filho a ficar sem mãe.
Positivo/Negativo
Com tantas sagas bacanas ao mesmo tempo, é difícil sair insatisfeito da leitura de Vertigo.
A revista abre com a curiosa Vampiro americano, que, mesmo sem justificar ainda o alarde, é uma serie interessantíssima e que, em quatro edições, já parece uma velha conhecida do leitor.
A trama roteirizada por Stephen King se desenrola melhor que a de Scott Snyder até aqui. Para sorte do leitor, ambas contam com a arte de Rafael Albuquerque, destaque da série.
Em seguida, vem uma história morna de Hellblazer. Não há dúvidas de que a falta do personagem John Constantine enfraquece a trama. O início desse arco em duas partes ainda pode render. O leitor descobrirá na próxima edição.
A arte de Doug Alexander Gregory mantém o estilo que os demais desenhistas que trabalharam com Mick Carey usaram anteriormente na série, dando uniformidade ao padrão visual.
Vikings gera uma frustração com um anticlímax, mas cria um novo aspecto para o personagem Magnus, que é a melhor sacada do roteiro de Brian Wood até aqui. A arte de Ryan Kelly é boa, com os "movimentos" que lembram o estilo de desenho de quadrinhos de décadas atrás.
Em Casa dos mistérios, a saga dos personagens do porão começa a cheirar a enrolação. Mas a conclusão chega no próximo número. O destaque é, sem dúvida, a arte de Bernie Wrightson na história curta que integra a trama.
A arte do veterano é muito bonita e totalmente correta para o conto gótico criado por Bill Willingham.
Mas o melhor vem com o começo da nova saga de Escalpo. A arte de R.M. Guéra é bastante eficiente e tem a clareza necessária para que o leitor entenda os eventos criados pelo roteiro de Jason Aaron.
Aaron entrega um roteiro redondíssimo, que trabalha a carga emocional em doses concentradas e bem distribuídas, apostando em situações paralelas. E toda a secura e dureza de Dashiell Cavalo Ruim não convencem. E não são para convencer mesmo.
A ideia é mostrar a fragilidade desse cara durão sem precisar apelar para uma cena de redenção ou de lágrimas sob a chuva. O trabalho de Aaron merece atenção. Há tempos um autor não mostrava tamanha capacidade criativa na estruturação dos roteiros de uma série.
É, foi mais um bom mês para a Vertigo.
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