VERTIGO # 21
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Hipo (Joe the barbarian # 1) - Grant Morrison (roteiro), Sean Murphy (arte) e Dave Stewart (cores);
Poética (House of mystery # 17) - Matthew Sturges (roteiro), Werther Dell'Edera e Al Davison (desenhos), José Marzán e Al Davison (arte-final) e Lee Loughridge (cores);
Fora de estação (Hellblazer # 195) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte) e Lee Loughridge (cores);
A saída (American Vampire # 12) - Scott Snyder (roteiro), Danijel Zezelj (arte) e Dave McCaig (cores);
A fúria em suas entranhas (Scalped # 21) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Agosto de 2011
Sinopse
Hipo - Joe é um menino com uma imaginação e tanto e isso pode levá-lo muito, muito longe.
Poética - Cannon foi morto dentro da casa. Do lado de fora, Cross, Genevieve e Edward buscam por comida, mas podem acabar por encontrar um passado de que tentam se livrar.
Fora de estação - John Constantine é procurado por assassinato, mas ele não consegue se lembrar de coisa alguma, nem de seu próprio nome.
A saída - Skinner Sweet vai a um espetáculo circense que representa o combate entre James Book e... Skinner Sweet.
A fúria em suas entranhas - Dino Urso Pobre é obrigado a fazer uma entrega, Corvo Vermelho recebe uma responsabilidade enquanto tenta lidar com o Sr. Fodão.
Positivo/Negativo
Esta é a primeira edição da revista sem a série Vikings, que parte sem deixar muitas saudades. Para os leitores mais interessados pelas histórias dos nórdicos, a Panini comenta (sem prometer) que a série pode voltar encadernada.
Em seu lugar, entra a aguardada e bem comentada pela crítica norte-americana Joe, o bárbaro. A obra é de Grant Morrison com o talentoso Sean Murphy nos desenhos, o que aumenta ainda mais a expectativa em torno da obra.
É tanta expectativa que se gera, que a resposta é quase óbvia: frustração. Não que a série seja ruim ou não mereça ser acompanhada ou fará o leitor sentir falta de Vikings.
Nesta primeira edição, Morrison apresenta o personagem e o ambiente, e encerra a história com um gancho para o próximo número quando parece que, finalmente, alguma coisa vai acontecer.
Em um primeiro momento, a série lembra o bom álbum Reino dos malditos, lançado em 2006 no Brasil. A conferir se a impressão de semelhança se mantém nos próximos números.
No restante, a revista Vertigo é a velha conhecida de seus leitores.
Casa dos mistérios entrega ao leitor um belo conto de amor e morte que se liga à trama principal. Arte caprichada e um enredo interessante. A série podia ser assim mais constantemente.
Já em Hellblazer, continua a saga de um John Constantine desmemoriado e acusado de um crime que não cometeu. A arte de Leonardo Manco é bem bonita e o roteiro de Mike Carey tem funcionado neste arco, o que é quase uma exceção em relação à irregularidade do trabalho do autor.
Aviso aos leitores que não gostam das histórias de Carey: já foram publicadas 21 delas e ainda faltam outras 35 em sequência.
Scott Snyder escreve uma trama de Vampiro americano centrada em Skinner Sweet. A premissa é muito boa: o imortal vampiro Sweet vê um espetáculo sobre sua própria história.
A relação entre texto e balões e os recordatórios de Sweet mostram as diferenças entre o passado e aquilo que se conta, em uso muito bacana da linguagem da HQ.
Estranho é o modo como a história se encerra, com a inserção de um elemento de fora da realidade ficcional apresentada (um deus ex machina). Que por não ser decisivo para a trama, não é chamativo ou fica com cara de remendo de roteiro.
A arte de Danijel Zezelj é muito competente e, depois de Loveless, bastante treinada pros chãos de histórias de western.
Encerra a edição em alta, como de praxe, Escalpo. A estruturação de roteiro de Jason Aaron para esta série é magnífica. A história começa com flashforward (mostrar um momento da história que ainda acontecerá) e volta para contar como se chegará lá.
Dashiell Cavalo Ruim, protagonista da série, ficou um pouco de lado neste número, que se concentrou em Corvo Vermelho e no jovem Dino Urso Pobre. Mais um arco extremamente promissor.
Mesmo com séries irregulares, esta revista é uma das mais proveitosas compras que um leitor poderá fazer nas bancas.
Classificação: