Vertigo # 24
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Inventória (Joe the barbarian # 4) - Grant Morrison (roteiro), Sean Murphy (arte) e Dave Stewart (cores);
Guerra fantasma (American Vampire # 15) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);
Elegias (House of mystery # 20) - Matthew Sturges (roteiro), Luca Rossi e Michael WM Kaluta (desenhos), José Marzán Jr. e Michael WM Kaluta (arte-final) e Lee Loughridge (cores);
A fúria em suas entranhas (Scalped # 24) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores);
Via-Crúcis (Hellblazer # 198) - Mike Carey (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Loughridge (cores).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Novembro de 2011
Sinopse
Inventória - Joe consegue começar a descer a escada pra chegar até a cozinha, ou seria outra montanha que o predestinado Menino que morre desceu?
Guerra fantasma - Os soldados norte-americanos descobrem que há outro tipo de vampiro na ilha. E que existe um lugar misterioso guardado pelos japoneses. Enquanto isso, Pearl Jones se passa por enfermeira e embarca para reencontrar seu amado.
Convergência - Os moradores da casa e Caim terão que chegar a um acordo. Várias pontas se amarram e Fig precisa tomar uma importante decisão.
A fúria em suas entranhas - Corvo Vermelho toma sua decisão e tenta resolver a sua responsabilidade com a alma de Gina Cavalo Ruim e os massacres que o Sr. Fodão tem feito na reserva.
Via-Crúcis - John Constantine, sem memória, é aprisionado pelo Salvador em sua igreja. Agora, o mago inglês luta para não se tornar parte de um plano de vingança.
Positivo/Negativo
Nesta edição da revista, três continuações e dois encerramentos.
Continua a rodar a minissérie de oito partes Joe, o bárbaro, escrita por Grant Morrison. Do jeito que as coisas vão até aqui, a obra parecia caber em quatro ou cinco edições. A se ver se, ao amarrar tudo, o escritor escocês justifica tanta lentidão na narrativa. A arte de Sean Murphy é excelente, como sempre.
Em Hellblazer, a trama permanece sob a batuta de Mike Carey, com arte de Marcelo Frusin. E, de novo, os desenhos se sobrepõem ao texto. Mas, verdade seja dita, nunca a histórias do roteirista pro mago inglês estiveram tão interessantes desde a perda de memória.
O receio do leitor é o mesmo dos promissores arcos anteriores: que acabem tão mal que todo o passado seja reavaliado para baixo. Por enquanto, é uma leitura agradável.
Na HQ de Scott Snyder e Rafael Albuquerque, o misto de trama de guerra e terror tem dado bom resultado. A arte do brasileiro é destaque na revista como um todo. Esta aventura traz poucas novidades (por enquanto) para o plot maior, mas tem funcionado bem individualmente. A quantidade da ação sobe e aumentam as emoções para o leitor.
Além dessas três séries, há outras duas que chegam a um ponto de equilíbrio.
Escalpo, o material de Jason Aaron e R. M. Guéra, tem sido o melhor da revista mix desde a sua estreia. Aqui, conclui-se a trama que pode levar Corvo Vermelho à redenção.
Vale notar que o protagonista da série, Dashiell Cavalo Ruim, está um pouco à parte, surgindo em um ou outro quadro, ao fundo. Com essa folga, o escritor se concentra em desenvolver os demais personagens e, com isso, fortalecer toda a trama.
E a grande surpresa é Casa dos mistérios. Depois de uma lengalenga que tendia ao infinito, a série encerra um longo arco, com o mesmo jeitão de fim de temporada de seriados televisivos. A coisa é tão bacana que aquilo que veio antes parece um pouco melhor. E ainda sobra ao leitor a pergunta: não poderiam ter enrolado menos?
Aparentemente, sim. Certos cortes e algumas edições a menos fariam um bem danado à série.
O engraçado é que a série sobe de nível bem no momento em que pega uma folga em Vertigo, para retornar somente na edição 27. Que volte bem descansada.
Classificação