Vertigo # 25
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Extremamente solitário (Scalped # 25) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores);
Guerra fantasma (American Vampire # 16) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores);
Via-Crúcis (Hellblazer # 199) - Mike Carey (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Loughridge (cores);
Famílias felizes (Hellblazer # 200) - Mike Carey (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Loughridge (cores);
De nunca para sempre (Joe the barbarian # 5) - Grant Morrison (roteiro), Sean Murphy (arte) e Dave Stewart (cores).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Dezembro de 2011
Sinopse
Extremamente solitário - Um jogador de cartas fez sua vida dando golpes em cassinos norte-americanos. Mas, depois de um tempo, ele já se tornou figura marcada. Por isso, vai tentar sua sorte no estabelecimento de Lincoln Corvo Vermelho.
Guerra fantasma - A equipe norte-americana de caça aos vampiros foi feita prisioneira pelos japoneses. Mas algo pior do que a tortura está reservado para eles.
Via-Crúcis - John Constantine será leiloado pelo Salvador ao demônio que der o melhor lance. Como o mago inglês sairá dessa?
Famílias felizes - John Constantine casado? Com filhos? E ele não é mais um mago? O que está acontecendo na edição comemorativa de Hellblazer?
De nunca para sempre - Joe e Jack vão ter de enfrentar um monstro terrível para salvar o reino. Ou será que isso é tudo alucinação do menino causada pela hipoglicemia?
Positivo/Negativo
Depois de tantos anos capengando, a linha Vertigo parece ter encontrado uma editora que sabe trabalhá-la muito bem.
Esta edição marca dois anos de publicação da revista mensal e o mesmo tempo do trabalho da Panini com a linha adulta da DC.
A Vertigo deu as caras no Brasil nos anos 1990, com as editoras Globo, que lançava Sandman mensalmente nas bancas, e a Abril, com o Monstro do Pântano e, mais tarde, a revista mensal de nome Vertigo - com Hellblazer, de Garth Ennis, Livros da magia, entre outros - e diversas minisséries.
A Abril desistiu logo do negócio e a Globo penou pra concluir a saga do Lorde Morpheus.
Então, começou uma peregrinação por diversas editoras que tentaram botar o material de qualidade da Vertigo no mercado (bancas ou livrarias), sempre desistindo algum tempo depois: Metal Pesado, Brainstore e Devir são algumas delas.
A tentativa mais recente antes da Panini foi da Pixel, mas os resultados esperados pela Ediouro eram melhores do que os alcançados.
Quando parecia perdida a oportunidade de se ler a Vertigo em português, a Panini, que já publicava a linha regular da DC, tentou a sorte.
Pelo que se sabe até aqui, tem dado certo. E esta revista mensal é quase um símbolo dessa retomada da editora em entregar aos leitores da Vertigo esses materiais. Parabéns à revista, à Panini e aos seus editores. E, claro, aos leitores que mantêm a engrenagem do mercado ativa.
Quanto ao conteúdo, acontece um repeteco das edições anteriores: Escalpo é escandalosamente melhor que o resto, Joe, o bárbaro é chato e arrastado, Vampiro americano é uma série de boas ideias, em ritmo de aventura, no lápis de um grande artista, e o Hellblazer de Mike Carey, diabos, é decepcionante. Observe, leitor, a saída fácil e covarde para resolver o conflito no leilão de Constantine da primeira história. A HQ comemorativa é até interessante, mas lembra demais o filme natalino com Nicolas Cage, Homem de família. Quem assistiu, saberá que isso não é exatamente elogioso.
Mas, mesmo com tanto a reclamar, há uma revista Vertigo nas bancas para ser avaliada. O que, no caso brasileiro, já é um mérito em si.
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