Confins do Universo 216 - Editoras brasileiras # 6: Que Figura!
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Reviews

Vertigo # 26

9 março 2012

Vertigo # 26Editora: Panini Comics - Revista mensal

Horizonte de eventos (Hellblazer # 201) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte) e Lee Loughridge (cores);

Razões para se alegrar (Hellblazer # 202) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte) e Lee Loughridge (cores);

Extremamente solitário (Scalped # 26) - Jason Aaron (roteiro), Davide Furnò (arte) e Giulia Brusco (cores);

Nossa dama de luto (Joe the barbarian # 6) - Grant Morrison (roteiro), Sean Murphy (arte) e Dave Stewart (cores);

Guerra fantasma (American Vampire # 17) - Scott Snyder (roteiro), Rafael Albuquerque (arte) e Dave McCaig (cores).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Janeiro de 2012

Sinopse

Horizonte de eventos - Quando um grupo de ladrões arromba uma porta e acessa um lugar estranho, cheio de objetos antigos e muito cheiro de pó, nem desconfiam o que pode acontecer por causa de um bracelete.

Razões para se alegrar - Os filhos de John Constantine estão disputando um jogo em Londres. E, é claro, vai sobrar para o mago inglês.

Extremamente solitário - Diesel está na prisão e vai precisar marcar sua posição entre os outros presos. Mais menos como foi no orfanato em que cresceu.

Nossa dama de luto - Joe é levado até o castelo da Dama de luto. Ela tenta convencer o menino a deixar que tudo siga seu rumo e que não há perigo.

Guerra fantasma - Os soldados norte-americanos e Skinner Sweet empreendem uma arriscada fuga para sair da prisão japonesa infestada de vampiros.

Positivo/Negativo

O mix da revista tem mudado um pouco, mas a impressão geral sobre ela continua bastante parecida.

Longe de encantar e causar ansiedades de espera nos seus leitores, Vertigo é uma revista bastante correta, com algumas garantias de qualidade e uma das melhores publicações mensais do Brasil.

Especula-se, com certa razão, que esta é a encarnação menos interessante dos mixes destinados a publicar a linha Vertigo no País. E, ainda assim, é uma das melhores publicações da Panini nas bancas.

Mas quais são as fontes dessas desconfianças? Muito simples: histórias como Hellblazer, de Mike Carey, que são habitualmente ruins e, vez por outra, têm seus bons momentos. Caso exemplar nesta edição.

A primeira trama é um conto de terror que lembra as boas HQs da revista Kripta. Todo o enredo se desenvolve ao redor dos pertences mágicos de Constantine e usa o próprio mago como personagem secundário. A arte de Leonardo Manco casa bem com o argumento e o resultado é dos melhores.

Como era de se esperar, no entanto, há um "porém". A segunda história trata da premissa absurda dos filhos de John Constantine aprontando todas por Londres. Se em vários arcos anteriores as tramas de Carey começavam bem e terminavam mal, essa já se inicia na lama. Espera-se que o autor tenha optado pelo contrário e entregue aos leitores um grande desfecho.

Na sequência, aquela que normalmente é a melhor HQ da revista, Escalpo. Também emblematicamente, ela traz um bom roteiro (nada que o próprio Jason Aaron não tenha feito melhor antes), e um traço muito inconstante. Há variação de proporção, de rostos e de expressão criando uma barreira para a leitura. Mas, entre perdas e ganhos, o leitor ainda tem um pequeno lucro.

Segue-se a esticada Joe, o bárbaro, na qual há um único quadrinho revelador e o resto é a competente arte de Sean Murphy. Até essa sexta parte a HQ tem se revelado de um didatismo entediante, que não parecia fazer parte dos recursos narrativos de Grant Morrison. Será que vale esperar por uma grande reviravolta final?

A revista fecha em alta com a aventura muito bem escrita por Scott Snyder Vampiro americano. Se habitualmente a arte de Rafael Albuquerque é destaque, desta vez é o roteirista que entrega um texto no nível de seu desenhista. Com vários pontos de viradas bem colocados, quando o leitor acha que acabou, vem um afiadíssimo gancho para a próxima edição.

E nesse balanço de qualidades a revista segue seu rumo. Às vezes um pouco trôpega, mas nunca deixando os leitores insatisfeitos.

Classificação

4,5

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