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VERTIGO # 29

1 dezembro 2012

VERTIGO # 29

Editora: Panini Comics - Revista mensal

"Deixa comigo" (Spaceman # 1) - Brian Azzarello (roteiro), Eduardo Risso (arte) e Patricia Mulvihill e Giulia Brusco (cor);

Mundo Roído (Scalped # 30) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cor).

Sob nova direção (House of Mystery # 21) - Matthew Sturges (roteiro), Luca Rossi e Sergio Aragonés (desenhos), José Marzán Jr. e Sergio Aragonés (arte-final) e Lee Loughridge (cor);

Razões para se alegrar (Hellblazer # 206) - Mike Carey (roteiro), Giuseppe Camuncoli (desenho), Lorenzo Ruggiero (arte-final) e Lee Loughridge (cor);

A fera da caverna (American Vampire # 19) - Scott Snyder (roteiro), Jordi Bernet (arte) e Dave McCaig (cor).

Preço: R$ 9,90

Número de páginas: 128

Data de lançamento: Abril de 2012

 

Sinopse

"Deixa comigo" - Orson foi geneticamente modificado para ser um homem do espaço, mas vive na Terra, procurando o que fazer.

Mundo roído - Lincoln Corvo Vermelho está decidido a resolver o caso do Sr. Fodão. E ainda coloca Cavalo Ruim atrás do agente infiltrado pelo FBI na reserva.

Sob nova direção - Fig e Caim precisam achar um jeito de conseguir administrar a taverna da Casa dos Mistérios juntos. Na história curta, um western de terror com a arte de Sergio Aragonés.

Razões para se alegrar - Chas está possuído e age de maneira demoníaca. O que será que aconteceu com ele?

A fera na caverna - Uma história no passado de Skinner Sweet e James Book.

Positivo/Negativo

Arcos se iniciando e uma nova série. É com esse ar de novidade que chega esta edição da revista Vertigo.

Homem do espaço é uma série que é mostrada ao leitor, com muitas possibilidades, mas nenhum gancho clássico é deixado para a próxima edição.

A arte de Eduardo Risso continua em seu alto nível habitual e Brian Azzarello não surpreende, no bom sentido. Para um escritor tão ligado a temas urbanos e uma realidade cotidiana, é de se estranhar o que um título que lide com viagens espaciais pode gerar.

E é aqui que Azzarello dá sua rasteira em quem associar a série ao seu currículo. Orson é um ex-homem do espaço e o leitor acompanha seu dia a dia.

O idioma falado é um pouco diferente, com algumas contrações e pequena variação de léxico, lembrando um Laranja Mecânica menos radical. Série que vale a pena ler com atenção.

Em seguida, Escalpo. Jason Aaron não permite folgas e a cada situação que se resolve, outras se complicam. A série continua a ser a mais interessante do mix.

Casa dos Mistérios está realmente com cara de segunda temporada e começa de maneira bem interessante. A presença de Caim e Abel foi uma boa sacada de Matthew Sturges para o roteiro.

E, é claro, qualquer história que conte com a arte de Sergio Aragonés, ainda que por poucas páginas, merece reverência. Essa também merece o selo "atenção nela, leitor".

Hellblazer surpreende. No meio da baboseira dos filhos de Constantine, surge uma trama interessante, mas que já aponta para desfechos medonhos. É espantoso como uma fase tão ruim com o personagem pode durar tanto tempo.

Encerra a edição Vampiro americano, desta vez sem a bela arte de Rafael Albuquerque, mas substituído por um grande nome, Jordi Bernet.

Infelizmente, a arte de Bernet ficou aquém de sua própria produção e o roteiro de Scott Snyder, sempre bem adequado, investe em uma noção de novela mexicana: Book e Sweet são irmãos e essa é a trama do seu passado. Se o leitor sentir preguiça de seguir em frente, a culpa não é dele.

No fim das contas, Hellblazer foi melhor que o esperado, assim como Casa dos mistérios, o que compensou a caída de Vampiro americano. Homem do Espaço e Escalpo são os pontos fortes de uma revista acima da média

 

Classificação:

4,0

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