Que grande edição da revista Vertigo.

Ela começa com um Hellblazer bem decente, com a arte sensacional de Leonardo Manco. E Mike Carey já dá mostras que seus últimos números na revista de John Constantine vão alinhavar toda sua fase com o personagem.

A premissa deste arco é fraca: a velha busca da alma de um ente querido no inferno. Mas a maneira que se realiza o ritual e o caminho até lá é muito bacana.

Disso, o leitor parte para Homem do espaço. A trama ganha os contornos policialescos que se espera de um Brian Azzarello. Porém, toda a estranheza desse futuro e desse homem, Orson, preparado geneticamente para explorar Marte dão uma graça imensa pra HQ. E elogie-se sempre a bela arte de Eduardo Risso.

Então, a revista chega ao seu ponto máximo: Escalpo. A confusão criada pela morte do Senhor Fodão parece que vai render muito ainda. E Dash Cavalo Ruim começa a voltar para a trama, num movimento do roteiro muito bem montado por Jason Aaron.

Os desenhos de R.M. Guéra são tão eficientes e adequadas para essa história que é impossível desvinculá-los dela.

Em seguida, Casa dos mistérios. A série vai ficando cada vez mais interessante nessa "segunda temporada", pois a personagem Fig ganha força e carisma, tornando os acontecimentos mais interessantes para o leitor.

Fecha o mix Vampiro americano. Scott Snyder entrega uma história bem mais interessante que a do mês anterior.

Alguns desdobramentos para toda a série se dão aqui, mas é melhor que o leitor confira por conta própria na revista. Fica um pouco forçado só o papel vilanesco de Skinner Sweet desde sempre. Não há motivação para suas ações, ele apenas age.

Já a arte de Jordi Bernet também está mais bonita e adequada. Muitas paisagens agrestes do oeste norte-americano e diversos índios, tudo bem emoldurado pelo lápis do artista espanhol.

Não tem jeito. A Vertigo continua soberana entre as mensais da Panini.