VERTIGO # 31
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Mundo Roído (Scalped # 32) - Jason Aaron (roteiro), R.M. Guéra (arte) e Giulia Brusco e Trish Mulvihill (cor);
"Depois de 1.000.000" (Spaceman # 3) - Brian Azzarello (roteiro), Eduardo Risso (arte) e Patricia Mulvihill (cor);
A Fera da caverna (American Vampire # 21) - Scott Snyder (roteiro), Jordi Bernet (arte) e Dave McCaig (cor).
Sob nova direção (House of Mystery # 23) - Matthew Sturges (roteiro), Luca Rossi e Sam Kieth (desenhos), José Marzán Jr. e Sam Kieth (arte-final) e Lee Loughridge (cor).
Na terra para onde vão os mortos (Hellblazer # 208) - Mike Carey (roteiro), Leonardo Manco (arte-final) e Lee Loughridge (cor).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Junho de 2012
Sinopse
Mundo roído - Lincoln Corvo Vermelho faz de tudo para afastar o FBI da testemunha que pode incriminá-lo. E as coisas continuam ruins para Dashiell.
"Depois de 1.000.000" - Orson acha que o melhor a fazer é esconder Tara, a menina sequestrada em sua casa, para protegê-la.
A fera na caverna - O confronto decisivo entre o exército e os índios.
Sob nova direção - Quem é o homem com o corpo todo escrito que diz ser irmão de Fig? Na história curta, o tradicional conto do Troll debaixo da ponte. Ou mais ou menos isso.
Na terra para onde vão os mortos - John Constantine e Nergal estão tentando entrar no inferno, enquanto Rosacarnis recebe a visita dos filhos que teve com o mago inglês.
Positivo/Negativo
Desde o princípio da revista Vertigo, Escalpo, a série escrita por Jason Aaron e R.M. Guéra, tem se destacado como uma das melhores da publicação.
Neste mês, é justamente ela que abre o mix. E o leitor sabe que, depois dela, tudo que vier é menos interessante. Mas esta não é uma verdade tão absoluta assim.
Não que Escalpo fique devendo, pelo contrário. A série segue alucinante. É que o restante da revista, na média, é muito bom.
Homem do espaço mostra uma sociedade futura esfarrapada, abandonada e sem esperança, com um novo idioma em que "ver reality show" significa "assistir televisão".
Perceba a força significativa dessa pequena escolha de Brian Azzarello. No mais, o futuro entrega pornografia, pobreza e abandono. Em dias mais pessimistas, a expressão "país do futuro" ganha um sentido mais visceral.
Toda essa contextualização se apresenta pelo traço elegante de Eduardo Risso. Só a arte do argentino já compensaria a HQ.
Em seguida, o leitor confere Vampiro americano, em um arco muito fraco, com a arte de Jordi Bernet bem abaixo das expectativas.
A história sobre o passado de Sweet e Book não decola. As situações são clichês: o homem que não teme a morte diante do pelotão de fuzilamento, o comandante irascível e o salvamento no último segundo.
O nível volta a subir com Casa dos mistérios. Desde que voltou regularmente à revista, a série tem trazido mais mistérios e conseguido prender o leitor.
Toda edição termina com a promessa de que há muito mais por vir.
Fecha a Vertigo o arco de John Constantine no inferno. Até aqui, a coisa está muito interessante e arte de Leonardo Manco é de encher os olhos. Mas o problema de Mike Carey em Hellblazer tem sido o fechamento de arcos, sempre decepcionantes.
Mas nesta edição, a despeito de Vampiro americano que, surpreendentemente, não foi bem, todas as séries trouxeram uma leitura agradável.
Classificação: