A volta de Rafael Albuquerque a Vampiro americano coincide com um ótimo roteiro de Scott Snyder. Um novo personagem é apresentado e o tempo da história é 1954.

O personagem é enigmático, a trama promissora e as últimas páginas deixam um baita gancho para a próxima edição.

Na sequência, Escalpo. Os enredos criados por Jason Aaron na reserva indígena continuam excelentes. A história cresce em elementos dramáticos e o leitor não sabe o que acontecerá com Dashiell Cavalo Ruim, o protagonista.

A arte de R.M. Guéra é incrível e perfeita para a série.

No meio da revista, o leitor se encontra com Hellblazer, que está em um bom arco. Mesmo que esse capítulo seja aquele da recapitulação e de segurar as expectativas para o próximo mês.

Mike Carey oferece um resumo da relação de Constantine com Nergal (história que pode ser lida em Hellblazer - Origens - Volume 1) e de como a filha do demônio, Rosacarnis, chegou onde está.

Casa dos mistérios fecha o arco com uma saída espertinha, um plano que o leitor identifica rapidamente, mas não deixa de ser uma boa jogada. Elementos antigos voltam a se incorporar à série de maneira interessante.

Porém, o destaque mesmo é a história curta com descrição de cinema e arte fabulosa de John Bolton.

Encerra a revista a série de Brian Azzarello, Homem do espaço. A trama caminha, muita coisa acontece e o leitor vai se enredando pela história. A arte de Eduardo Risso é um espetáculo por si só. O destaque continua sendo para a transformação da linguagem.

Esse é um elemento muito bem pensado por Azzarello, pois como a trama se passa no futuro, as línguas sofrem transformação pelo uso. Portanto, é de se supor que, anos à frente, o idioma esteja sensivelmente modificado.

O que não modifica é a qualidade da revista Vertigo.