VERTIGO # 6
Editora: Panini - Revista mensal
Sepulcro vermelho (Hellblazer # 180) - Mike Carey (roteiro), Marcelo Frusin (arte) e Lee Loughridge (cores);
"…estava esperando você me chamar." (House of Mystery # 2) - Mathew Sturges & Bill Willingham (roteiro), Luca Rossi e Jill Thompson (arte) e Lee Loughridge (cores);
O lamento das Highlands (Northlanders # 6) - Brian Wood (roteiro), Davide Gianfelice (arte) e Dave McCaig (cores);
O homem que enfrenta o touro (Scalped # 6) - Jason Aaron (roteiro), R. M. Guéra (arte) e Lee Loughridge (cores);
Lugar Nenhum (Neverwhere # 6) - Mick Carey (roteiro), Glenn Fabry (arte), Tanya e Richard Horie (cores) e Neil Gaiman (consultor).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Abril de 2010
Sinopse
Sepulcro vermelho - O Sepulcro vermelho finalmente é encontrado. Conclusão do arco.
"…estava esperando você me chamar." - Fig descobre algo muito importante sobre a Casa dos Mistérios. E Enrico Canepazzo conta uma história.
O lamento das Highlands - Sven se prepara para enfrentar o exército de Gorm.
O homem que enfrenta o touro - Cavalo Ruim deve impedir uma manifestação contra a abertura do cassino de Corvo Vermelho.
Lugar Nenhum - Lady Porta, Caçadora e Mayhew precisam enfrentar os três desafios da Abadia dos frades negros. Carabás negocia com sr. Vandemar e sr. Croup.
Positivo/Negativo
E a revista mensal da linha Vertigo continua indo bem.
O mix abre com a conclusão do arco de Hellblazer. Mike Carey faz uma história mística moderna, cheia de truques, enganações e reviravoltas. Ou seja, aquilo que o leitor está acostumado a ler nas aventuras de John Constantine.
O desenho de Marcelo Frusin é muito competente. Com um jeitão de arte simples, o desenhista argentino é um bom fisionomista e grande narrador visual. A variação de enquadramentos é benéfica à narrativa e funciona bem.
Em seguida, Casa dos Mistérios entrega ao leitor o melhor da edição. O roteiro de Mathew Sturges conduz a narrativa sobre a casa e as figuras que perambulam por ela, enquanto cabe a Bill Willingham criar a história contada pelo personagem.
Luca Rossi é um bom artista, que consegue criar um cenário interessante, enquanto Jill Thompson é uma velha conhecida dos leitores da linha Vertigo.
Vikings segue a enrolação. Brian Wood força a mão para segurar a expectativa do leitor. Sem falar na forma Deus ex machina que o elemento de quebra é introduzido. Essa foi mais uma edição em que algo prometia acontecer, mas no fim...
Novo arco de Escalpo. Cada vez mais, o personagem Cavalo Ruim ganha forma e motivação dentro da trama. E, claro, as coisas não param de se complicar.
A arte de R. M. Guéra é escura e suja. Em alguns momentos, até demais, dificultando a compreensão da cena do tiroteio, por exemplo.
Lugar nenhum dá uma animada e volta a engrenar. A narrativa paralela funciona bem: em uma trama, Carabás, Sr. Croup e Sr. Vandemar; em outra, Mayhew, Caçadora e Lady Porta. E a arte de Glenn Fabry cumpre seu papel.
O trabalho de edição da Panini é bom, com cinco histórias e prévias, por menos de dez reais. Entretanto, alguns cuidados com a adaptação do texto fariam bem. Há momentos de discrepância de tom, como em Hellblazer, no primeiro quadro, da página 12: "Não faça perguntas cujas malditas respostas você não vai entender, merda!"
Mesmo que de acordo com a gramática normativa, o uso de "cujo" é muito estranho numa fala acompanhada de "malditas" e "merda". Mas nada que retire a revista Vertigo das melhores do mês da Panini.
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