VERTIGO # 9
Editora: Panini Comics - Revista mensal
Flores negras (Hellblazer # 183) - Mike Carey (roteiro), Lee Bermejo (arte) e Lee Loughridge (cores);
Uma nação do ente do trovão eu sou (Scalped # 9) - Jason Aaron (roteiro), R. M. Guéra (arte) e Giulia Brusco (cores);
Lugar Nenhum (Neverwhere # 9) - Mick Carey (roteiro), Glenn Fabry (arte), Tanya e Richard Horie (cores) e Neil Gaiman (consultor).
Um dia a casa cai (House of Mystery # 5) - Mathew Sturges (roteiro), Luca Rossi e Sean Murphy (arte) e Lee Loughridge (cores);
Lindisfarne (Northlanders # 9) - Brian Wood (roteiro) e Dean Ormston (arte e cores).
Preço: R$ 9,90
Número de páginas: 128
Data de lançamento: Agosto de 2010
Sinopse
Flores negras - Terror na pequena cidade de Stone Cross. E, claro, John Constantine terá que dar um jeito.
Uma nação do ente do trovão eu sou - Conheça a história do misterioso Apanhador.
Lugar nenhum - Richard, Lady Porta e o Marques de Carabás se encontram com o Anjo Islington. Conclusão da série.
Um dia a casa cai - A casa dos mistérios está desmoronando. Mas o que Fig tem a ver com isso? Jordan conta uma história no bar.
Lindisfarne - O pequeno Edwin não se entende bem com a religião cristã e reza para que os deuses nórdicos venham salvá-lo.
Positivo/Negativo
A revista Vertigo continua indo bem.
Hellblazer, apesar da boa arte de Lee Bermejo, está um pouco confusa com a trama criada por Mick Carey. No entanto, há a sensação de que todos os arcos vão se ligar e então tudo fará sentido. Até lá, o leitor vai acumulando histórias medianas, como a desta edição.
A diferença da qualidade do roteiro entre a primeira HQ e a seguinte, Escalpo, grita ao leitor.
Jason Aaron também tem criado arcos que se ligam e farão mais sentido quando reunidos, mas as histórias individuais são muito interessantes. No ritmo do Cassino tem apresentado importante personagens da série e feito a trama toda avançar aos poucos. Nada de tédio por aqui.
Diferentemente de Lugar nenhum que, finalmente, se conclui. A trama realmente é legal, mas o encaminhamento dado por Mick Carey não foi dos melhores. O leitor que conhece o romance ou o seriado televisivo que o originou percebe isso facilmente.
É de se pensar se, em vez de nove, a série não poderia ter apenas quatro ou cinco partes. É impressionante como faltaram detalhes importantes e sobrou enrolação.
E enrolação é algo ausente em Casa dos mistérios, a melhor do mix. A série é cheia de ideias e consegue seguir uma linha onírica, sem repetir Sandman. A história dentro da história deste número é brilhante. É um uso simples, porém raro no quadrinho norte-americano, de complementação de um texto simples e boas imagens.
Imagens que são o maior destaque da última narrativa da revista. A arte de Dean Ormston é muito bonita. O roteiro de Brian Wood parece mais interessante que o de Retorno de Sven. E é mais curto.
Edwin é um personagem mais carismático que Sven, do arco anterior de Vikings, porém com uma motivação não tão convincente. Sem falar que um encerramento de edição quatro páginas antes do final seria de um impacto muito maior.
Mas a história começa bem. O leitor espera que termine melhor ainda.
A derrapada da edição fica por conta da Panini: na terceira capa foi reproduzida a mesma chamada que havia saído na edição # 8.
A expectativa é que o nível da revista suba ainda mais com a troca de Lugar nenhum por Vampiro americano.
Classificação: